Entre caravelas e pandemias: a potência da pedagogia ritual e das narrativas tradicionais no mundo desencantado da necropolítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v34i66.58636

Resumo

As reflexões apresentadas neste artigo propõem um olhar sobre o ritual, como método pedagógico e narrativa literária, empreendido por povos indígenas em perspectivas bastante complexas, entre elas, como práticas que auxiliam esses povos a conviverem com as situações de violência a que são submetidos desde o primeiro contato. E em um mundo dominado pela lógica da necropolítica, onde a violência e a morte fazem parte de estratégias governamentais, não são mais apenas os “de fora” que sofrem as consequências. A angústia e a depressão que acometem as populações de modo bastante generalizado, são canalizadas para o consumo e para a alienação das causas estruturais do sofrimento em nossa civilização em crise. Podemos aprender com nossos parentes como lidarmos com situações traumáticas sem nos esquivarmos de suas causas e assim, nos envolvermos para solucionarmos coletivamente os grandes desafios contemporâneos.

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Biografia do Autor

Ananda Machado, UFRR

Professora do Programa de Pós graduação em Letras e no curso Gestão Territorial Indígena- UFRR. Com pós-Doutorado em Estudos de Literatura-UFF; Doutorado  em História Social-UFRJ; Mestrado em Memória Social- UNIRIO; Licenciatura em Artes Cênicas- UNIRIO

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Publicado

2023-09-09

Como Citar

MARCONDES FRANQUES, B.; SANTOS DOS SANTOS, J.; MACHADO, A. Entre caravelas e pandemias: a potência da pedagogia ritual e das narrativas tradicionais no mundo desencantado da necropolítica. Cadernos de Letras da UFF, v. 34, n. 66, p. 47-71, 9 set. 2023.