A tradução da comédia aristofânica: reescrita de resistência à tradição

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DOI:

https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v34i67.59729

Resumo

Este artigo busca fazer uma análise comparativa de duas traduções da peça Acarnenses, de Aristófanes, realizadas por SILVA (1988) e POMPEU (2021), examinando ações estratégicas de tradução do texto cômico para a língua portuguesa, como resultado de uma prática ideológico-discursiva em seus contextos de tradução.  Entende-se a tradução como um processo de reescrita (LEFEVERE, 2007) que dialoga não só com a Teoria dos Polissistemas (EVEN-ZOHAR, 1979) mas também com uma releitura de “resistência” (VENUTI, 2002) para pensar os processos de estrangeirização e domesticação em um tipo de composição considerado menor. Procura-se defender que o processo de domesticação faz parte de um grito de resistência, a fim de propor novas formas de considerar a comédia aristofânica em traduções no Brasil, situada à margem do que é considerado clássico ou canônico, como construção de um discurso dissidente.

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Biografia do Autor

Stefania Sansone Bosco Giglio, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Licenciatura em Letras Português/Grego pela Universidade Federal Fluminense (2014) e Mestrado em Letras Clássicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017), com bolsa concedida pela CAPES. Foi professora substituta de língua e literatura grega na Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 2017, 2018, 2021 e 2022. Atualmente, faz doutorado em Letras Clássicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro com bolsa concedida pela CAPES. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Letras Clássicas, atuando principalmente nos seguintes temas: Língua e Literatura Grega, Teatro Grego, Estudos de Tradução e Tradução da Comédia Grega Antiga e integra o grupo de pesquisa Laboratório de Estudos Clássicos - LEC / UFF. 

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

SANSONE BOSCO GIGLIO, S. A tradução da comédia aristofânica: reescrita de resistência à tradição. Cadernos de Letras da UFF, v. 34, n. 67, 30 dez. 2023.