Nelson Rodrigues, parada Praça Tiradentes
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v35i69.60377Palavras-chave:
Nelson Rodrigues, Teatro de revista, Teatro brasileiro modernoResumo
Propomo-nos, no presente artigo, apontar inusitadas similaridades entre a peça Viúva, porém honesta (1957), de autoria de Nelson Rodrigues, e algumas convenções estéticas do gênero teatro de revista, enfatizando que, entre esses dois pontos, há a mediação de aspectos relevantes do processo de modernização do teatro brasileiro. O percurso de análise busca retomar, em um primeiro movimento, a inserção de Nelson Rodrigues no teatro - fato que, segundo se encontra em relatos, teria sido motivado por ter ele presenciado o sucesso de um espetáculo teatral do gênero chanchada, que possuía semelhanças com a revista. Em seguida, são apresentadas avaliações críticas dessa peça feitas por Sábato Magaldi, que encara essa criação de Nelson Rodrigues como um ponto menor na dramaturgia do autor. Além disso, são arroladas algumas palavras de outros críticos teatrais as quais caracterizam a maneira como parte da classe intelectual considerava o gênero teatro de revista, em geral bastante mal-visto nos primeiros decênios do século XX. A partir de então, este estudo procura destacar elementos diversos da peça de Nelson Rodrigues que parecem ecoar, de alguma maneira, aspectos característicos das peças de revista, conforme prefiguram estudiosos do gênero, como Neyde Veneziano. Com auxílio desses estudos e de análises específicas que já vislumbraram positivamente Viúva, porém honesta, procura-se aqui entender o potente e singular espaço ocupado por essa obra no conjunto dramatúrgico de Nelson Rodrigues e também como um elemento sintonizado com seu tempo, antecipando, inclusive, tendências bem-sucedidas do teatro brasileiro do decênio de 1960.
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