Métricas, visibilidade e linguagem: desafios da ciência aberta na avaliação de periódicos e pesquisadores
DOI:
https://doi.org/10.22409/46pczr90Palavras-chave:
ciência aberta, avaliação científica, periódicos científicos, métricas científicasResumo
Analisa as transformações contemporâneas na comunicação e avaliação científica, com ênfase na interação entre os princípios da Ciência Aberta, as métricas de avaliação (tradicionais e alternativas), as exigências de internacionalização e o papel das tecnologias e políticas de linguagem no contexto da pós-graduação brasileira, especialmente sob a influência da Capes. O objetivo é discutir criticamente como esses elementos se articulam, revelando desafios e oportunidades para periódicos e pesquisadores brasileiros que buscam conciliar qualidade, visibilidade internacional, acesso aberto e relevância local. A abordagem é teórico-analítica, fundamentada em revisão crítica da literatura sobre Ciência Aberta, bibliometria, altmetria, avaliação multidimensional, políticas linguísticas e tecnologias de tradução, além da análise de documentos de referência de organismos, como Capes, Unesco, Dora e a Helsinki Initiative. Os resultados evidenciam as tensões entre a pressão por métricas quantitativas e publicação em inglês, e os ideais da Ciência Aberta de inclusão epistêmica, bibliodiversidade e impacto social. Destaca-se o papel ambivalente das tecnologias de linguagem, que, embora ampliem o alcance da produção científica, exigem políticas editoriais cuidadosas para evitar assimetrias. Defende-se a adoção de modelos avaliativos mais integrados, sensíveis à diversidade de contextos e impactos, bem como o investimento em infraestrutura, capacitação e políticas linguísticas inclusivas. Conclui-se que a construção de um ecossistema científico mais justo, aberto e socialmente comprometido depende de ações coordenadas entre instituições, editores, avaliadores e pesquisadores.
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