Detetives transculturais: rompendo fronteiras na ficção criminal
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v35i68.61404Resumo
Este artigo traz uma análise das obras Eulogy for a Brown Angel (1992), de Lucha Corpi, e Mezcalero (2015), de T. E. Wilson. Buscamos compreender como seus detetives, Gloria Damasco e Ernesto Sánchez, respectivamente, levantam questões de identidade, especialmente em relação a gênero e etnia, e trazem ainda o multiculturalismo e a subalternidade dentro de seus contextos. Corpi nasceu no México e vive nos Estados Unidos, enquanto Wilson nasceu no Canadá e vive no México, e ambos escrevem suas ficções detetivescas em língua inglesa. A escrita destes autores é um espaço de resistência cultural, de expressão de diferenças e de representações identitárias alternativas de membros de grupos marginalizados pela sociedade dominante. Enquanto Damasco, mulher chicana, inicia seu percurso na investigação criminal como amadora, conciliando seus papeis de esposa e mãe, Sánchez, homem Trans, inicia seu trajeto como policial no Canadá e depois torna-se investigador particular no México. Com o auxílio de Schindler (2023) e Portilho (2009, 2016), dentre outros, analisamos como são abordadas as interseções entre essas duas personagens, especialmente no que tange a questões de gênero, evidenciando como elas subvertem a literatura detetivesca, que em sua faceta mais difundida ainda é predominantemente uma narrativa do homem branco cis hetero.
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