De fios, labirintos e mistérios: A casa eterna, de Hélia Correia
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v35i68.61434Resumo
O presente artigo pretende analisar a relação entre o discurso literário e o discurso histórico a partir de uma de suas mais aclamadas narrativas: A casa eterna (1991), privilegiando aquilo que se entende como um processo de subversão do modelo da narrativa policial, consolidada no século XIX por Edgar Allan Poe e, tradicionalmente, pouco difundida em Portugal. Subverter o modelo do romance policial acaba por evidenciar um traço constante na obra de Hélia Correia: o recorrente uso da intertextualidade na composição de narrativas que propõem uma releitura crítica e estética de discursos anteriormente produzidos, resultando em uma produção compromissada em manter o diálogo com a memória da tradição, sem esquecer de procurar para si a sua forma de narrar.
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