A ética das mídias sociais na esfera pública
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu13i1.p161Palavras-chave:
Ética, mídias sociais, esfera pública.Resumo
Este trabalho tem por proposta refletir a respeito da ética das mídias sociais e da influência de suas dinâmicas colaborativas em um contexto democrático. Pretende-se fazê-lo à luz das teorias de Jürgen Habermas, especialmente no que tange ao papel crítico da mídia social no que pode ser considerada uma nova roupagem do conceito habermasiano de esfera pública, esta compreendida como um fenômeno social aberto e permeável. Para tanto, faz-senecessário destacar a importância do agir comunicativo que pode construir e transformar espaços públicos. Demonstra-se relevante, ainda, a critica inicial de Habermas à decadência da esfera pública burguesa e a relação desta crítica aos meios de comunicação de massa. Em que pese uma aparente mudança de postura do autor em relação ao tema, entende-se importante reconstruir o papel da mídia na esfera pública, a partir do percurso empreendido
por Habermas, salientando-se a ambiguidade do papel social da mídia, que pode ser compreendida como um instrumento nas mãos de pequenos grupos ou como gatilho de um processo reflexivo crítico. A segunda opção se solidifica após o advento da chamada “web 2.0”, que introduziu a proposta de uma postura mais participativa e menos individualista ou consumista a ser adotada pelos usuários da internet. Como resultado, observa-se o
crescimento de comunidades virtuais utilizando mecanismos diversificados, tais como facebook ou wikipedia, dentre outros. Tais comunidades reúnem integrantes com formações e
perspectivas de mundo diferentes, ostentando um multiculturalismo que constitui ambiente notável para a prática do agir comunicativo. Importa, diante de tal fenômeno, investigar o
substrato ético que dirige esse tipo de ambiente interativo, bem como de que maneira a opinião construída na esfera das mídias sociais pode influenciar a sociedade civil.
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Referências
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