“Consumo, ergo sum" (ou consumo, logo existo)

Autores

  • Napoleão Miranda Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PPGSD) da Universidade Federal Fluminense e Professor do Departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais da UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu13i1.p171

Resumo

A paráfrase proposital da famosa expressão de Descartes, “Cogito, ergo sum” – “penso, logo existo” -, tem o propósito de chamar a atenção para o significado socialmente transcendente do consumo nas sociedades contemporâneas. Se é verdade que o consumo é parte integrante e fundamental do processo vital de todos nós ao longo da história, nas circunstâncias atuais de um capitalismo globalizado em permanente expansão, ele adquire um sentido novo e particularmente importante para estas sociedades. Na verdade, se a construção da cidadania esteve até há poucas décadas intrinsecamente ligada ao fenômeno do trabalho, ela agora encontra no consumo um dos seus pilares mais importantes, especialmente no contexto das transformações radicais por que passa o mundo do trabalho neste início de século. O propósito do presente artigo é, neste sentido, explorar as relações de mútua determinação existentes, no contexto da pós-modernidade, entre consumo e cidadania, considerando os diferentes aspectos envolvidos na sua articulação, como a construção da identidade pessoal e coletiva, os padrões de produção e consumo, a relação entre ética e consumo, entre outros, com vistas à discussão acerca da possibilidade ou não de um consumo socialmente justo e ambientalmente sustentável.

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Publicado

2012-11-29

Como Citar

Miranda, N. (2012). “Consumo, ergo sum" (ou consumo, logo existo). Confluências | Revista Interdisciplinar De Sociologia E Direito, 13(1), 185-200. https://doi.org/10.22409/conflu13i1.p171

Edição

Seção

Artigos