A Condenação de Salman Rushdie. Metonimia da Desaparição do Sujeito na Sociedade Pós-Moderna
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu1i1.p221Resumo
O século XXI parece ter trazido uma aceleração técnica dos prognósticos das últimas décadas do século XX. Assim a oposição Ocidente e Oriente, enquanto metáfora da modernidade globalizada contra o atraso primitivo ou da democracia planetária a enfrentar o teocracismo tirânico, faz com que antigas situações e personagens apareçam recontextualizados, num processo de demonização de parte a parte, onde a iniciativa individual e a plataforma dos direitos humanos correm o risco de tornarem-se um mero referencial retórico. O exemplo do escritor Salman Rushdie, condenado à morte na época do crescente poder dos aitolás (combatidos por Saddam Hussein, então patrocinado pelos americanos) pode talvez nos dar conta da nsuficiência de nossa “leitura” de direitos, uma vez que as perspectivas anarcodemocráticas da pós - modernidade, em especial a pulverização do sujeito na realidade midiática, revelam-se absorvidas pela força maniqueísta da estrutura discursiva, que lhes confere ainda a chancela da Razão ocidental.
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