Sebastião chama pra Festa
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu1i1.p261Resumo
Este artigo é o produto do estranhamento do olhar de alguém de fora sobre uma festa popular religiosa no sul da Bahia, mais precisamente a festa de São Sebastião de Trancoso. E um texto que trata da relação entre a fotografia e o objeto fotografado tendo o rito religioso como acontecimento a ser revelado. São Sebastião não como santo festeiro, comemorado geralmente com os ritos cristãos do mártir, aquele que não é evocado por outras religiões passava na minha frente embalado pelo samba e pela batida da capoeira ao gosto dos ritos incréticos da Bahia. Foram estas imagens inesperadas que me fizeram seguir uma procissão que no Rio de Janeiro é marcada pela dor e pela contrição Tanto a festa de Trancoso quanto a do Rio de Janeiro são homenagens ao santo padroeiro, as duas tem a função de demonstrar o fervor dos fiéis e o empenho dos devotos. Em Trancoso a entrada no culto se dá através da euforia e expansão de valores culturais que se misturam no dia a dia. No Rio de Janeiro a festa pertence à Igreja o ficial e seus participantes devem conhecer os códigos de conduta ditados pelo catolicismo. E esta especificidade cultural que a foto grafiacapturou e traduziu na revelação de um mesmo fato religioso.
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Referências
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