A revista "A Época" e o estudadnte de Direito (1906-1917)
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu15i2.p328Palavras-chave:
Faculdade de direito. Estudante de direito. Primeira República. Contextualismo linguístico.Resumo
O presente trabalho dedica-se à leitura da revista A Época entre os anos de 1906 e 1917, periódico produzido pelos alunos da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, primeira instituição de ensino superior em Direito da Capital Federal do início do século XX. Busca perceber a fala do periódico quanto ao perfil do estudante de direito de seu tempo. Mobilizando o arsenal teórico-metodológico do contextualismo linguístico, de acordo com Quentin Skinner e J. A. Pocock; e os estudos de Reinhart Koselleck quanto à semântica dos conceitos antitéticos assimétricos, a relação entre os intelectuais da Geração de 1870 e a primeira experiência republicana brasileira. Procede a uma análise dos temas e estilos apresentados pela revista e alia essas preferências ao perfil de estudante de direito traçado pela revista. Identifica, principalmente, a criação de uma rede semântica em que se opõe política a ciência/literatura, ligando o Direito e seu estudante ideal a essa segunda teia de sentidos em detrimento da primeira.Downloads
Referências
ALONSO, Â. (2002). Ideias em movimento. São Paulo: Paz e Terra.
AMARAL, A. B. (1977). Jornalismo acadêmico. São Paulo: Separata da Revista do Arquivo Municipal n.º 190.
BOSI, A. (1977). As letras na Primeira República. Em B. FAUSTO, História geral da civilização brasileira. O Brasil republicano. Sociedade e instituições (Vol. 2, pp. 293-319). Rio de Janeiro: Difel.
BOTELHO, A. (Novembro de 2011). A Pequena história da literatura Brasileira: provocação ao modernismo. Tempo Social, 23(2), 135-161.
CANDIDO, A. (1967). Literatura e cultura de 1900 a 1945. Em A. CANDIDO, Literatura e sociedade. São Paulo: Cia. Ed. Nacional.
CARVALHO, J. M. (1987). Os bestializados (3ª ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
CARVALHO, M. A. (outubro de 2007). Temas sobre a organização dos intelectuais no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 22(65), 17-31.
CARVALHO, M. A. (2012). Irineu Marinho. São Paulo: Globo.
FREIRE, A. (2012). Uma capital para a República. Em A. FREIRE, Sinais Trocados (pp. 39-48). Rio de Janeiro: 7 Letras.
GOMES, Â. C. (1993). Essa gente do Rio... os intelectuais cariocas e o modernismo. Estudos Históricos, 6(11), 62-77.
GOMES, Â. d. (1994). A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
HABERMAS, J. (2003). Mundança estrutural da esfera pública. (F. R. Kothe, Trad.) Rio de Janeiro: Tempo brasileiro.
HOLANDA, S. B. (1995). Raízes do Brasil (26 ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
KOSELLECK, R. (2006). Futuro passado. (PUCRJ, Ed.) Rio de Janeiro: Contraponto.
LESSA, R. (2001). A invenção da República: da aventura à rotina. Em M. A. CARVALHO, A República no Catete. Rio de Janeiro: Museu da República.
MELLO, M. T. (Junho de 2011). A república e o sonho. Varia História, 27'(45), 121-139.
MEUCCI, Simone. Institucionalização da sociologia no Brasil: primeiros manuais e cursos. 1. ed. São Paulo: Hucitec: Fapesp, 2011
MICELI, S. (1979). Os intelectuais e a classe dirigente no Brasil. São Paulo: Difel.
MICELI, S. (2001). Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras.
MOIRAND, S. (2008). Em P. CHARAUDEAU, & D. MAINGUENEAU, Dicionário de Análise do Discurso (2ª ed., pp. 165-167). São Paulo: Contexto.
POCOCK, J. A. (2003). Linguagens do ideário político. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
PRADO, P. (2012). Retrato do Brasil (10 ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
RAMOS, P. E. (1967). Do Barroco ao Modernismo. São Paulo: Conselho Editorial de Cultura.
SILVA, M. (2011). Literatura Academicista e Formalismo Estético na Passagem do Século: a Poesia Parnasiana. Linha d'água, 24, 95-109.
SKINNER, Q. (1969). Meaning and understanding in the history of ideas. History and Theory, 3-53.
SODRÉ, N. W. (1966). História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
WEBER, M. (2009). Economia e Sociedade (Vol. I). (R. B. Barbosa, Trad.) Brasília: Editora da Universidade de Brasília.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Possuem permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.