A Central Disque-Denúncia e sua relação com as Polícias (ou os policiais) cariocas
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu19i1.p502Palavras-chave:
Disque-Denúncia, Segurança Pública, Políticas PúblicasResumo
O presente artigo busca recuperar parte das discussões feitas no trabalho “Disque-Denúncia: a arma do cidadão”- Um estudo sobre os processos de construção da verdade a partir das experiências da Central Disque-Denúncia do Rio de Janeiro, dissertação de mestrado defendida em 2006 pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal Fluminense. Passados 11 anos da publicação original (e 22 anos da criação da Central), o Disque-Denúncia segue em funcionamento. Para os objetivos propostos no presente artigo busca-se compreender como se dá a relação entre a Central Disque-Denúncia e as Polícias do Rio de Janeiro. Sendo a informação anônima recebida pela Central uma “ferramenta-meio”, ou seja, um dado que demanda ser confirmado, investigado, conferido e/ou rejeitado, o funcionamento da Central depende de forma indispensável dos órgãos encarregados de checar as informações recebidas e, sobretudo da relação (mais ou menos institucionalizada, mais ou menos pessoalizada) estabelecida entre os profissionais do Disque-Denúncia e órgãos policiais que fazem uso dessa fonte de dados.
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