TRABALHO NAS PRISÕES: exercício de cidadania ou instrumento de controle social?

Autores

  • Lobelia da Silva Faceira UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu19i2.p452

Palavras-chave:

Trabalho. Prisão. Mediações Sociais.

Resumo

O artigo tem o objetivo de analisar as mediações do trabalho dos presos na Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira (SEAPEB), situada no estado do Rio de Janeiro (Brasil). A categoria trabalho aparece no universo carcerário como instrumento de “ressocialização”, fonte de subsistência, possibilidade de ocupação do tempo e um espaço na hierarquia. O estudo tem a proposta de reconstruir a historicidade do trabalho nas prisões e suas mediações no processo de constituição da vida social dos presos, destacando as condições materiais dadas para a realização desse trabalho. Historicamente, a concepção de trabalho nas prisões está relacionada ao objetivo de minimizar a ociosidade e tensões dos presos no cotidiano prisional, reforçando o traço disciplinador e controlador da instituição total prisão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lobelia da Silva Faceira, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Professora Doutora do Programa de Pós Graduação em Memória Social e da escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000.

BRASIL. Lei 7.210 de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal).

BRAZ, Marcelo & NETTO, José Paulo. Economia política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2006.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir – História das violências nas prisões. Tradução de Raquel Ramalhete, 13 ed. RJ, Petrópolis: Vozes, 1987.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 1974.

MARX, K. A Assim Chamada Acumulação Primitiva. In: O Capital, Livro I, vol. I, Cap. XXIV, 2ª ed.. S.Paulo, Nova Cultural, 1985.

MARX, K. O capital. Crítica da economia política. Rio de janeiro: Civilização brasileira, 1968.

QUINTINO, Silmara A. A prisão como castigo, o trabalho como remição – contradições do Sistema Penitenciário Paranaense. In: Revista Sociologia Jurídica (nº 3). Dossiê Questões Penitenciárias. Julho-Dezembro de 2006.

SÁ, Geraldo Ribeiro de. A prisão dos excluídos: origens e reflexões sobre a pena privativa de liberdade. Juiz de Fora: Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, 1996.

SOUZA, José Paulo de Morais. A construção da Memória dos funcionários em suas relações com o trabalho no antigo Instituto Penal Cândido Mendes em Ilha Grande. 2012. Dissertação de Mestrado em Memória Social, Programa de Pós Graduação em Memória Social (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO), Rio de Janeiro: UNIRIO, 2012 (150 p.).

THOMPSON, Augusto. A questão penitenciária. 5ª Ed. Rio de janeiro: Forense, 2002.

WACQUANT, Löic. As prisões da miséria. Paris: Raisons d’ Agir. 1999.

Downloads

Publicado

2017-08-25

Como Citar

Faceira, L. da S. (2017). TRABALHO NAS PRISÕES: exercício de cidadania ou instrumento de controle social?. Confluências | Revista Interdisciplinar De Sociologia E Direito, 19(2), 36-101. https://doi.org/10.22409/conflu19i2.p452

Edição

Seção

Artigos