O homem que queria existir
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu1i1.p33Abstract
Caetano Veloso colocou naquele filme dele, Cinema Falado, uma cena onde um rapaz na praia comenta, em alemão, trechos de Thomas Mann sobre o homossexualismo, numa espécie de referência implícita ao filme Morte em Veneza, de Visconti, sobre a obra de Mann. O filme de Caetano tinha um subtítulo que era algo como “um filme de ensaios”, ou coisa parecida, querendo, me parece, sugerir que o filme tinha uma pretensão acadêmica, como se fosse um livro de ensaios críticos, que ao invés de surgirem da maneira convencional, escrita, surgiam filmados, numa exploração das multiplicidades de linguagens de nossa agoridade agônica. Se poderia, nesse sentido, também se pensar, inversamente, em um roteiro ensaístico, fazendo de conta ser um filme toda uma dimensão conceituai tematizada largamente nos círculos acadêmicos. Se poderia ir ainda mais longe e realizar novas inversões, e fazer, por exemplo, as discussões sobre o Brasil ocorrerem em outro lugar, já que já foi dito que aqui é o lugar das “idéias fora do lugar”.Downloads
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2003-09-12
How to Cite
Madeira Filho, W. (2003). O homem que queria existir. Confluências | Interdisciplinary Review of Sociology and Law, 1(1), 45-59. https://doi.org/10.22409/conflu1i1.p33
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Artigos
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