ISOLAMENTO e INFORMAÇÃO: Memória coletiva e formação de identidade em tempos de Coronavírus através das mídias

Auteurs

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https://doi.org/10.22409/conflu.v22i2.42956

Mots-clés:

Isolamento. Informação. Formação de Identidade.

Résumé

Este artigo pretende fazer uma reflexão sobre a formação da identidade em tempos de Coronavírus, com destaque para dois fenômenos que são resultados imediatos dessa situação: isolamento e informação midiática, pensados aqui em conexão. As discussões teórica e metodológica se dão a partir da Psicologia Social, onde o conceito de memória coletiva de Halbwachs (1990) será aplicado a fragmentos de narrativas disponibilizadas nas redes sociais, jornais e TV sobre o tema Coronavírus. A proposta é a partir da experiência de isolamento e do cruzamento de informações midiáticas de representantes de quatro esferas discursivas distintas: econômica, científica, política e popular, analisar a percepção da crise sanitária que ora se apresenta em contraposição aos fragmentos de memória coletiva presentes nesses mesmos discursos. Halbwachs (1990) quando propõe uma nova abordagem para aplicar à memória, a utiliza tendo como instrumental um novo conceito de tempo inaugurado pela teoria einsteiniana, diferente da tradição newtoniana que o compreendia de forma linear e fragmentada, já que espaço e tempo em Newton são unidades discretas. Busca-se reconhecer os efeitos do isolamento em conexão com a veiculação de informações simultâneas, numa relação espaço-tempo virtual que modifica pensamentos e comportamentos no espaço-tempo cotidiano-casa; interfere em economias globais e, suspeitamos, interferirá na formação da identidade social, pois se admitimos que memória forma identidade Mori (1998); Silva (2019), podemos formular a seguinte questão: o que essa memória coletiva atual, de transição, vai representar na formação da identidade social brasileira e global? Mudanças no mundo do trabalho, na educação, na ciência e relações sociais, políticas, governamentais, econômicas que estavam previstas para se desenvolver em pelo menos uma década enquanto expectativa (memória do futuro) Pacheco (2018); Silva (2019), por especialistas , passam a ocorrer em pouco mais de semanas. Na contemporaneidade nosso espaço-tempo sofreu um colapso gigantesco. Como o isolamento, num contexto de informação em rede e mudanças vertiginosas, afeta essa formação da identidade? Discutir esse conjunto de fenômenos e o que ele interfere na saúde mental, econômica e social é nosso objetivo e, acreditamos, contribui na mobilização da rede científica para pensar e produzir, intelectualmente, sobre o cenário em que estamos vivendo e que reflitam sobre o enfrentamento do Brasil ao COVID-19.

 

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Bibliographies de l'auteur

Maria Angelita Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS -UFAM UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM

Professora Adjunta A/Classe A - do INC/UFAM - Universidade Federal da Amazônia. Possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (2000). Pós-Graduação em Psicologia Aplicada à Educação pela Universidade Estadual do Piauí (2002). Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2013). Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2019). Tem experiência na área de Educação e Educação Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Memória, Identidade, Cultura Indígena, Povo Xetá, Educação Infantil, Ludicidade; Cultura; Infâncias; Cultura Inclusiva; Regulamentação da profissão da Educação Social no Brasil. Cultura da Infância; Cultura da Infância Indígena; Direitos Humanos; Leis e Direitos na Infância. Coordenadora Adjunta dos Projetos de Extensão Universitária PEC /UEM: "Indígenas crianças, Direitos Humanos e Educação Social" e "Outros Olhares: a cultura da infância indígena pela criança" (2015-2017), em 2017 os projetos foram concluídos e encerrados. Participou do Projeto de Pesquisa: JANÉ REKÓ PORONUHÁ (O Contar de Nossa Existência) Programa Interinstitucional e Multidisciplinar de Pesquisa Sobre o Povo Xetá no periodo de 2010 a 2013. Participou do Projeto de Pesquisa CRIANÇA XETÁ: Histórias, Cultura e Direitos (2014-2017) concluído e encerrado em 2017. Participa como pesquisadora no grupo de pesquisa Desenvolvimento, aprendizagem e educação CNPq. da Universidade Estadual de Maringá e no grupo de pesquisa Infâncias, Criança e Educação na Fronteira Amazônica - CNPq, da Universidade Federal do Amazonas- UFAM. Prefaciou dois livros de literatura, Uma Vida, vários Caminhos (2013) e ÑANDERETÁ! Contos Inspirados na História, Cultura e Mitologia Xetá. (2017). Em 2017 lançou o livro CRIANÇA XETÁ: da memória da Infância a Resistência de um Povo (326p.). Participou também, em 2017, de uma publicação de importância internacional do ISA Instituto Sócio Ambiental: POVOS INDÍGENAS NO BRASIL 2011-2016 lançado no dia 19 de abril de 2017 em Brasília, com o título: XETÁ: a Renitente Batalha. Escreveu o terceiro capítula da obra CRIANÇAS EM FRONTEIRAS: Histórias, Culturas e Direitos com o título: CRIANÇA XETÁ NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO: memória, identidade e fronteiras que foi lançado no México em 2017. Em 2018, dia 19 de abril, participou da Sessão Especial no Senado Federal de Homenagem as Populações Indígenas, com o vice cacique Claudemir da Silva Xetá, e Sessão de Autógrafos do Livro Criança Xetá: da Memória da Infância à resistência de um Povo, com um exemplar cadastrado nos registros da Biblioteca do Senado Federal. Desde 2015 escreve livros didáticos para pós-graduação na modalidade de EDUCAÇÃO a Distância EAD, com os títulos: Políticas Públicas em Educação e Saúde (2016) Docência na Socioeducação (2017) Vulnerabilidades na Infância e Adolescência e as Políticas Públicas de Intervenção (2017) Criminalização da Adolescência no Brasil. (2018) E-mail: maria.angelita@live.com. djapoteramasilva@gmail.com angelita@ufam.edu.br Informações: CV: http://lattes.cnpq.br/1751557799078177 (Texto informado pelo autor)

Nerli Nonato Ribeiro Mori, Universidade Estadual de Maringá

Professora Titular do Departamento de Teoria e Prá, tica da Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá.

Références

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Publiée

2020-08-01