A narrativa das reformas estruturais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu19i2.p512Palavras-chave:
reformas da previdência, seguridade social, retórica da narrativaResumo
Esse texto pretende abordar a relação entre modernização do aparato estatal, particularmente no que tange às suas interações com a sociedade, e a construção dos sistemas de seguridade social que nucleiam os Estados de bem-estar contemporâneos. O objetivo específico, porém, é tratar essa questão sob o prisma da crítica a uma ótica que passou a dominar assustadoramente as análises no campo da política e a reflexão, em geral, no campo das ciências sociais. Uma ótica que se expressa no idioma da narrativa, da pós-verdade, da política posfáctica, como mencionado por Wolgang Streeck. O discurso oficial em torno das reformas ditas estruturais e indispensáveis no Brasil, hoje, é puro culto à TINA(There Is No Alternative). E totalmente formulado na linguagem tipo “palavra do ano”, a retórica da narrativa, um termo que migrou da teoria literária para a política, onde encontrou calorosa acolhida, justamente por exprimir uma história com significado, uma história para a qual se transferem emoções, que proporciona uma orientação e que transmite confiança.
Palavras-chave: reformas da previdência, seguridade social, retórica da narrativaDownloads
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