INSURGÊNCIAS E INSUBORDINAÇÕES NEGRAS NO ENSINO SUPERIOR:

AS COTAS RACIAIS E O TENSIONAMENTO DOS CURRÍCULOS NAS UNIVERSIDADES

Autores

Resumo

O presente texto demonstra que as ações afirmativas, como as cotas raciais, não só se constituem como instrumento fundamental para a democratização do acesso ao ensino superior, como possibilitam aos corpos negros desafiar a produção do conhecimento universitário. Para isto dividimos o texto em duas partes: A primeira contextualiza a luta antirracista do Brasil, indicando que as cotas raciais só se materializaram a partir da luta e mobilização dos movimentos negros no decorrer da história; na segunda, abordamos como as cotas raciais têm permitido insubordinações e insurgências ao poder epistêmico branco perpetrado nos currículos e pesquisa dos cursos de graduação e pós-graduação do Brasil. Finalizamos, apontando a necessidade de renovação e ampliação da Lei no 12.711/2012, conhecida como lei de cotas, para que os corpos negros possam apossar-se do espaço universitário e sentir-se pertencente, emergindo como questionadores das lógicas da branquitude e se fazendo pensador, criador, teórico e comunicador de epistemologias não eurocentradas.

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Biografia do Autor

Fernanda da Silva Lima, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel em Dreito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Direito da Unesc (Mestrado em Direito). Professora na disciplina de Direitos Humanos na UNESC. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Raça (NEGRA/UNESC). Vice líder do Núcleo de Estudos em Direitos Humanos e Cidadania (NUPEC/UNESC). Intgrante da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN)

Delton Aparecido Felipe, Universidade Estadual de Maringá-Paraná

Pós-Doutor em História e Doutor em Educação.  Professor do Departamento de História e do Programa de Pós Graduação em Ensino de História da Universidade Estadual de Maringá-Paraná (UEM-PR). Diretor da Associação Brasileira de Pesquiadores/as Negros/as (ABPN) e Pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros da Universidade Estadual de Maringá. Conselheiro do Conselho de Direitos Humanos do Paraná (COPED) e Pesquisador Visitante da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas - São Paulo.

Publicado

2021-12-03