COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE NO BRASIL

O FIO DO RELATO E O DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE

Autores

  • Ramon Rebouças Nolasco de Oliveira Universidade Federal Rural do Semi-árido, UFERSA
  • Rafael Lamera Giesta Cabral Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcj.v6i13.453

Palavras-chave:

Comissão Nacional da Verdade, Justiça de Transição, Memória. / Keywords, National Truth Commission, Justice of Transition, Memory / Palabras-clabe, Comisión Nacional de la Verdad, Justicia transicional, Memoria.

Resumo

A presente pesquisa volta-se ao tema da memória e Justiça de Transição, examinando o contexto de instituição da Comissão Nacional da Verdade – CNV brasileira, responsável por apurar as violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988. A partir da análise de documentos legislativos e com subsídio da história constitucional como ponto de partida metodológico, foi realizada uma contextualização histórico-normativa do surgimento da Comissão da Verdade no Brasil e suas relações com as problemáticas em torno da memória, história, esquecimento e ressentimento.

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Biografia do Autor

Ramon Rebouças Nolasco de Oliveira, Universidade Federal Rural do Semi-árido, UFERSA

Doutorando em Direito pela Universidade de Brasília - UnB. Mestre em Ciências Sociais e bacharel em Direito pela UERN. Atualmente, é professor assistente no curso de Direito da UFERSA.

Rafael Lamera Giesta Cabral, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA

Doutor em Direito pela UnB, mestre em Ciência Política pela UFSCar, bacharel em Direito pela UEMS. Professor Adjunto II, no curso de Direito, Coordenador do Programa de Mestrado em Direito da UFERSA e docente no Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (PROFIAP-UFERSA). Atualmente, é líder do grupo de pesquisa em História Constitucional e Direitos Sociais. É editor-chefe da Revista Jurídica da UFERSA.

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Publicado

2019-08-06 — Atualizado em 2021-04-01

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