UMA LEITURA GRAMSCIANA DA CONJUNTURA INTERNACIONAL DA PANDEMIA NA PERSPECTIVA DAS RELAÇÕES DE FORÇA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1234/enfil.vi12.44549

Palavras-chave:

Gramsci. Pandemia. COVID-19. Hegemonia Internacional. Relações de Força. Fordismo. Tradução.

Resumo

O texto buscar apresentar respostas preliminares para as seguintes questões: 1) Em termos gramscianos, a pandemia de COVID-19 apresenta elementos suficientes para uma nova periodização histórica? 2) Em nível preliminar, qual o seu impacto e significado como conjuntura internacional e como parte de um processo mais amplo? A hipótese preliminar a ser defendida aponta ser a conjuntura histórica da pandemia em curso uma nova “tradução”, em sentido gramsciano, do fordismo enquanto hegemonia dos Estados Unidos, não se constituindo assim, enquanto evento conjuntural, numa ruptura de maio alcance que dê ensejo a uma nova temporalidade histórica em termos de uma grande transformação. A análise se baseia na metodologia histórica de Gramsci de relações de força.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BIANCHI, Alvaro. Revolução passiva e crise de hegemonia no Brasil contemporâneo. Revista Outubro, n. 28, p. 28-35, abril de 2017.

BIELER, Andreas; MORTON, Adam David. Global capitalism, global war, global crisis. Cambridge: Cambridge University Press, 2018,

BUCI-GLUCKSMANN, Christine; THERBORN, Goran. Le défi social-democrate, Paris: François Maspero, 1981.

CARBAJOSA, Ana. Merkel apela a cidadãos e chama coronavírus de “maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial”. El País. 18 de março de 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-03-18/merkel-pede-colaboracao-dos-cidadaos-diante-do-maior-desafio-desde-a-segunda-guerra-mundial.html. Acesso em 06 de agosto de 2020.

CLAUSEWITZ, Carl von. On War, Princeton: Princeton University Press, 1984.

COX, Robert W. Book review: Unravelling Gramsci: Hegemony and passive revolution in the global political economy by David Morton. Capital & Class, n. 93, p. 258-261, 2007.

COX, Robert W. Gramsci, hegemony, and international relations: an essay in method. Millenium, v. 12, n. 2, p. 162-175, 1983.

COX, Robert W. Multilateralism and world order. Review of International Studies, v. 18, n. 2, 161-180, 1992.

COX, Robert W. Production, power, and world order: Social forces in the making of history. New York: Columbia University Press.1987.

COX, Robert W. Social forces, states and world orders: beyond international relations theory. Millennium, v. 10, n. 2, p. 126-155, 1981.

DEAN, Jonathan. NATO’s Future: How NAT may come to a peaceful end by 2020. In: EISENHOWER, Susan (org.) Nato at fifty: perspectives on the Future of the Atlantic Alliance. Washington: Center for Political and Strategic Studies, 1999, p. 217-223.

GRAMSCI, Antonio. Lettere dal Carcere, Torino: Einaudi, 1973.

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del Carcere, Torino: Einaudi, 1975.

GRAY, Kevin. Labour and the state in China’s passive revolution. Capital & Class, v. 34, n. 3, p. 449-467, 2010.

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 1994.

HILFERDING, Rudolf. Finance capital – A study on the latest phase of capitalist development, London: Routledge & Kegan Paul, 1981.

HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos : o breve século XX : 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MORTON, Adam David. Unravelling Gramsci – Hegemony and Passive Revolution in the Global Political Economy, London: Pluto, 2007.

PASSOS, Rodrigo Duarte Fernandes dos. A ascensão de Trump e da China e relações de força: uma breve análise da hegemonia dos Estados Unidos. Práxis e Hegemonia Popular, vol. 5, n. 6, p. 39-56, 2020.

PASSOS, Rodrigo Duarte Fernandes dos. Interregno hegemônico? Uma avaliação sobre a hegemonia dos Estados Unidos a partir da análise das relações de força dos cadernos carcerários de Gramsci. Revista Novos Rumos, v. 56, p. 59-69, 2019.

PAULA, Tainá de. Cidades pós-pandemia ou pós-capitalistas? Universo Online. 31 de julho de 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/taina-de-paula/2020/07/31/cidades-pos-pandemia-ou-cidades-pos-capitalistas.htm. Acesso em 07 de agosto de 2020.

ROSENBERG, Justin. International relations in the prison of Political Science. International Relations, v. 30, n. 2, p. 127-153, 2016.

ROSENBERG, Justin; BOYLE, Chris. Understanding 2016: China, Brexit and Trump in the history of uneven and combined development. Journal of Historical Sociology, 32, p. e32-e58, 2019.

SCHWARCZ, Lilian. Quando acaba o século XX, São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

SIMON, Rick. Passive revolution, perestroika, and the emergence of the new Russia. Capital & Class, v. 34, n.3, p. 429-448, 2010.

THOMAS, Peter. “A virada de Moscou”: o diálogo entre Gramsci e os bolcheviques (1922 e 1923). Revista Outubro, n. 30, p. 174-189, maio de 2018.

TROTSKY, Leon. A História da Revolução Russa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

WILLIAMS, Raymond. Marxism and Literature, Oxford: Oxford University Press, 1977.

WORTH, Owen. Hegemony, International Political Economy and Post-Communist Russia, Burlington: Ashgate, 2005.

Downloads

Publicado

2021-01-24