EDENISMO TERRITORIAL, ANACRONISMO TÉCNICO E A IDEALIZAÇÃO DO PROGRESSO NO BRASIL IMPERIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v7i14.45857

Palavras-chave:

Edenismo; Anacronismo Técnico; Território; Brasil Império.

Resumo

Este artigo busca explorar reflexões envolvendo o edenismo territorial e o anacronismo técnico no período imperial brasileiro. Entende-se que o estudo deste período histórico e sua importância para a formação do território nacional do Brasil se configuram como um profícuo campo de perscrutações teórico-analíticas por diferentes campos do conhecimento em dialogia com o pensamento geográfico, envolvendo uma melhor compreensão das ações, reflexões e desdobramentos de importantes acontecimentos atinentes à ideologia do progresso e ao ufanismo telúrico em relação ao território nacional. Por meio de uma revisão bibliográfica, é proposto um aprofundamento destas questões em três momentos complementares: inicia-se o debate pelos reflexos territoriais do anacronismo imperial e republicano; passa-se pela temática do desenvolvimento técnico do período imperial e ufania edênica e se encerra com a relação entre a ocupação do território brasileiro e o anacronismo técnico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gilvan Charles Cerqueira de Araújo, Secretaria de Educação do Distrito Federal/Universidade de São Paulo

Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009), mestrado em Geografia pela Universidade de Brasília (2013) e doutorado em Geografia (Organizacao do Espaco) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2016). Pós-doutorando em Geografia, Literatura e Filosofia pela Universidade de São Paulo.

Referências

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1985.

AGASSIZ, L.; AGASSIZ, E. C. Viagem ao Brasil (1865-1866). Trad. Edgar Süssekind de Mendonça. Brasília: Senado Federal Conselho Editorial, 2000.

ANTUNES, C. Problemas e Perspectivas: elementos de Geografia Física, Social e Econômica do Brasil. 2ª Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1975.

ARAÚJO, G. C. C. Ideologia Espacial e Ufania Edênica. GEOGRAFIA EM QUESTÃO (ONLINE), v. 12, p. 37-53, 2019.

ARAÚJO, G. C. C. O imaginário canônico americano e os símbolos edênicos. Élisée - Revista de Geografia da UEG, v. 9, p. 1-24, 2020.

ASSIS, M. A Sereníssima República. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000239.pdf>. Acesso em 3 dez. 2012.

BASTOS, T. A. C. A Província: estudos sobre a descentralização no Brasil. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Comissão de Publicações/Academia Brasileira de Letras, 1997.

BASTOS, M. R. Retratos do poder imperial no Brasil. In: Revista FACOM, n. 19, v. 1, 2008.

BRASIL. Brasil: Império dos Trópicos. Curadoria e textos de Cláudia Beatriz Heynemann e Maria do Carmo Teixeira Rainho. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008.

BRITO, M. S. História do modernismo brasileiro: antecedentes da Semana de Arte Moderna. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

CANDIDO, A. Formação da Literatura Brasileira. V. 1 e 2. São Paulo: Martins, 1989.

CARVALHO, J. M. Teatro das Sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CASTRO, I. E. Geografia e Política: território, escalas de ação e instituições. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

CELSO, A. Porque me ufano do meu País. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1997.

CITELLI, A. Romantismo. 3ª Ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.

CORRÊA, R. L. Interações Espaciais. In: CASTRO, I. E; GOMES, P. C. C; CORRÊA, R. L. (Orgs). Explorações Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

EAGLETON T. A ideia de cultura. Trad. Castello S. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1991.

GAUDIO, Rogata Soares Del. Ideologia nacional e discurso geográfico sobre a

natureza brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

GRAHAM, M. Diário de uma viagem ao Brasil. (1824). Trad. Américo Jacobina Lacombe. Belo Horizonte: Editora Universidade de São Paulo, 1990.

HARVEY, D. A condição pós-moderna. Trad. Adail Ubirajara Sobral & Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

HOLANDA, S. B. História Geral da Civilização Brasileira: Reações e Transações. 2ª Ed. 3º Vol. Tomo III. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1969.

HOLANDA, S. B. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e Colonização do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

IANNI. O. A ideia de Brasil Moderno. São Paulo: Editora Brasiliense, 2004.

MAGNOLI, D. O corpo da pátria. São Paulo: Moderna/EDUNESP, 1997.

MELO, H. P. A Zona Cafeeira: uma expansão pioneira. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 4, n. 3, , p. 49-82, 2008.

MEYER, H. J. La Tecnificación del Mundo: origen, essencia y peligros. Trad. Rafael de La Vega. Madrid: Editorial Gredos S. A., 1966.

MIYAMOTO, S. Geopolítica e poder no Brasil. Campinas/SP: Papirus, 1995.

MORAES, A. C. R. Território e História do Brasil. São Paulo: Editora Annablume, 2005.

MORAIS, A. J. M. A. Independência e o Império do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2004.

PRADO JÚNIOR, C. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.

RANGEL, C. Do bom selvagem ao bom revolucionário. Trad. Berenice de Souza Otero. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1981.

RIBEIRO, J. A Carne. São Paulo: Editora Três, 1972.

RICUPERO, R. Introdução In. RICUPERO, R.; VALENTE DE OLIVEIRA, L. (Orgs.). A abertura dos portos. São Paulo: Senac, p. 1-30, 2008.

SANTOS, C. O conceito de extenso (ou a construção ideológica do espaço geográfico). In: SANTOS, M., SOUZA, M. A. (Orgs.). A construção do espaço. São Paulo: Nobel, p. 25-31, 1986.

SANTOS, L. G. Tecnologia, natureza e a “redescoberta” do Brasil. In: ARAÚJO, H. R. (Org.) Tecnociência e Cultura: ensaios sobre o tempo presente. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.

SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora Hucitec, 1996.

SCARLATO, F. C. O espaço industrial brasileiro. In: ROSS, J. Geografia do Brasil. 5ª Ed. São Paulo: Edusp, p. 327-398, 2005.

SEYSSEL, R. Um Estudo Histórico Perceptual: A Bandeira Brasileira Sem Brasil. Dissertação de Mestrado em Artes Visuais pela UNESP. São Paulo: Unesp, 2006.

VIDAL, J. W. B. De Estado Servil à Nação Soberana: civilização solidária dos trópicos. 2ª Ed. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 1988.

Downloads

Publicado

2021-08-31

Como Citar

DE ARAÚJO, G. C. C. EDENISMO TERRITORIAL, ANACRONISMO TÉCNICO E A IDEALIZAÇÃO DO PROGRESSO NO BRASIL IMPERIAL. Ensaios de Geografia, v. 7, n. 14, p. 122-146, 31 ago. 2021.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)