TRILHA INTERPRETATIVA DA NATUREZA
práticas de turismo pedagógico e educação ambiental no povoado de Penedo (São Desidério, Bahia)
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v10i21.58089Palavras-chave:
Trilha Interpretativa, Turismo de Base Comunitária, Turismo Pedagógico, Educação Ambiental, Penedo (São Desidério, Bahia)Resumo
Este escrito é o resultado da elaboração de uma proposta de trilha interpretativa da natureza com base nos princípios do Turismo de Base Comunitária, que prioriza os agentes locais nas práticas turísticas realizadas, visando a Educação Ambiental por meio do Turismo Pedagógico. A proposta elaborada foi direcionada à Trilha do Paredão do Lapão, localizada no povoado de Penedo, em São Desidério (Bahia). Para a realização desta pesquisa utilizou-se a metodologia IAP (Investigación-Acción-Participativa), que foi empregada tendo em vista a construção de conhecimentos alicerçados na soma de saberes comunitários, na qual a obtenção de dados foi efetuada por meio de pesquisa bibliográfica, reuniões, auscultas e rodas de conversas com membros da comunidade local, observações participativas e análises na área de estudo, com base em características físico-ambientais e socioculturais. Para a seleção dos pontos potenciais, utilizou-se o método IAPI (Indicadores de Atratividade dos Pontos Interpretativos) para facilitar a organização dos atrativos conforme o potencial interpretativo. Como resultado, tem-se a demarcação e a interpretação dos ditos pontos potenciais da trilha, que permitirão o início das práticas de Turismo de Base Comunitária.
Downloads
Referências
AB’SABER, A. Os domínios de natureza no Brasil: Potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2003.
ALCANTARA, L. Trilhas Interpretativas da Natureza: planejamento, implantação e manejo. 2007. 87f. Monografia de Especialização (Curso de Especialização em Turismo e Desenvolvimento Sustentável). Brasília: Universidade de Brasília, 2007.
ANDRADE, W.; ROCHA, R. Manual de trilhas: um manual para gestores. Série Registros, n. 35. São Paulo: Instituto Florestal, 2008.
ANSARAH, M. Teoria Geral do Turismo. In: ANSARAH, Marília (Org.). Turismo: como aprender, como ensinar. São Paulo: SENAC, 2001, v. 2, p. 11-36.
BRANDÃO, P. A retórica do ecoturismo em municípios da Chapada Diamantina: um olhar sobre Iraquara e Lençóis. Revista Iberoamericana de Turismo, v. 9, n. 2, p. 270-279, 2019.
BRANDÃO, P. Ativação do patrimônio biocultural do cerrado e turismo comunitário: notas metodológicas a partir do caso de Penedo (São Desidério, Bahia - Brasil). Revista Geográfica, v. 161, p. 83-100, 2020.
BRANDÃO, P. Ruralidade, natureza e turismo: uma abordagem metodológica de base territorial e comunitária. Revista Multirõ, v. 3, n. 1, p. 110-128, 2022.
BRASIL. Projeto Turis. Brasília: Empresa Brasileira de Turismo, 1975.
BRASIL. Censo Demográfico – 2010. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.
BRASIL. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Municípios com alta produção agrícola impactam PIB local, mostra estudo do Mapa. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Produção Agrícola Municipal, Brasília, 15 out. 2020. Disponível em: . Acesso em 19 set. 2021.
CAMARGO, H. Fundamentos multidisciplinares do turismo: história. In: TRIGO, Luiz (Org.). Turismo: como aprender, como ensinar. São Paulo: Editora SENAC, 2001, v. 1, p. 33-86.
CIFUENTES, M. Analisis de capacidad de carga para visitación en las areas silvestres de Costa Rica. San José: Fundação Neotrópica, 1992.
COLE, D.; McCOOL, S. Limits of Acceptable Change and natural resources planning: When is LAC useful, when is it not? In: COLE, D.; McCOOL, S. (Comp.) Limits of acceptable change and related planning process: progress and future directions. Washington: Secretary of Agriculture, 1997, p. 69-71.
CORAGGIO, J. Economía Social y Solidaria. El trabajo antes que el capital. Quito: Abya Yala, 2011.
CORIOLANO, L. O turismo comunitário no nordeste brasileiro. In: BARTHOLO, R.; SANSOLO, D.; BURSZTYN, I. (Org.). Turismo de Base Comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2009, p. 277-288.
ETZIONI, A. La tercera vía: hacia una buena sociedad: propuestas desde el comunitarismo. Madrid: Trotta, 2001.
FABRINO, N.; NASCIMENTO, E.; COSTA, H. A. Turismo de Base Comunitária: uma reflexão sobre seus conceitos e práticas. Caderno Virtual de Turismo, v. 16, n. 3, p. 172- 190, 2016.
FALS BORDA, O. La ciencia y el pueblo. In: GROSSI, F. V.; GIANOTTEN, V.; WIT, T. De (Org.). Investigación participativa y praxis rural. Lima: Mosca Azul, 1981. p. 19-47.
FALS BORDA. Orígenes universales y retos atuantes de la IAP. Análisis Politico, n. 38, p. 71-88, 1999.
GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
GUIMARÃES, S. Trilhas interpretativas e vivências na natureza: aspectos relacionados à percepção e interpretação da paisagem. Caderno de Geografia, v. 20, n. 33, p. 8-19, 2010.
LIMA, R. Estrutura e regeneração em Florestas Pluviais Tropicais. Revista Brasileira de Botânica, v. 28, n. 4, p. 651-670, 2005.
MALDONADO, C. O turismo rural comunitário na América Latina: gênesis, características e políticas. BARTHOLO, R.; SANSOLO, D.; BURSZTYN, I. (Org.). Turismo de Base Comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2009, p. 25-44.
MAGRO, T.; FREIXÊDAS, V. Trilhas: como facilitar a seleção de pontos interpretativos. Circular Técnica n. 186. Piracicaba: ESALQ/USP, 1998.
MENGUINI, F. As trilhas interpretativas como recurso pedagógico: Caminhos traçados para a educação ambiental. 2005. 103f. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-graduação em Educação). Itajaí: Universidade do Vale do Itajaí, 2005.
MERIGLIANO, L. The identification and evaluation of indicators to monitor wilderness conditions. 1987. 273 p. Tese de Doutorado (Wild Life and Range Sciences). Moscou: Idaho University, 1987.
MORAES, A. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Annablume, 2007.
MURTA, S.; GOODEY, B. Interpretação do patrimônio para visitantes: um quadro conceitual. In: MURTA, S.; ALBANO, C. (Org). Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, 2002. p. 13-46.
FERNANDES, H.; PELLIN, A.; SCHEFFLER, M. Planejamento e implantação de trilha interpretativa autoguiada na RPPN Fazenda da Barra (Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil). Revista Nordestina de Ecoturismo, v. 3, n. 1, p. 6-26, 2010.
REDFIELD, R.; LINTON, R.; HERSKOVITS, R. L. Memorandum for the study of acculturation. American Anthopologist, v. 38, n. 1, p. 149-152, 1936.
RODRIGUES, A. Turismo e espaço. Rumo a um conhecimento transdisciplinar. São Paulo: Hucitec, 1997.
RUBIM, A. A prática do turismo pedagógico no contexto dos museus: a experiência de museus das cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2010.
SANSOLO, D.; BURSZTYN, I. Turismo de base comunitária: potencialidade no espaço brasileiro. In: BARTHOLO, R.; SANSOLO, D.; BURSZTYN, I. (Org.). Turismo de Base Comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2009, p. 142-161.
SANTOS, M. Proposta de implantação de uma Trilha Interpretativa da Natureza como subsídio à prática de Turismo Pedagógico e Educação Ambiental no povoado de Penedo (São Desidério, Bahia). Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Geografia). 2020. 55 f. Barreiras: Universidade Federal do Oeste da Bahia, 2020.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
SINGER, P. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Atribuição CC BY. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.