ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS OCORRIDOS PELA OCUPAÇÃO IRREGULAR NO MANGUEZAL DO ESTUÁRIO DO RIO CEARÁ - FORTALEZA, CE

Abstract

Este trabalho de monografia tem como principal propósito analisar os impactos no manguezal do Rio Ceará, decorrentes da ocupação irregular, indicando medidas que ajudem na conservação e preservação do manguezal, levando para a sociedade um ambiente ecologicamente saudável e equilibrado. O litoral do Brasil é a área mais densamente ocupada de todo o território nacional, pois é na zona costeira que as principais atividades humanas se desenvolvem de modo intenso, onde destaca-se a moradia, comércio, turismo e instalações portuárias. No Ceará, essas atividades intensificaram-se a partir da década de 1940 com início da construção do Porto do Mucuripe. As áreas mais afetadas de modo negativo com a expansão urbana foram as dunas, praias e manguezais, sendo as áreas de dunas e mangues as mais fortemente degradadas. Os manguezais são conhecidos por serem os mais produtivos dos ecossistemas costeiros, além da sua importância para a reprodução da fauna marinha e refúgio para aves migratórias. No entanto, os manguezais veem sendo degradados e impactados nos últimos 20 anos por diversas atividades econômicas como: a carcinicultura, atividade salineira e especulação imobiliária. Sabe-se que tais atividades são importantes para a economia da sociedade, mas infelizmente acarreta sérios danos para o ambiente social e natural. No manguezal do Rio Ceará os conflitos sociais e a degradação ambiental são bastante visíveis, pois se observa aumento nas taxas de criminalidade, falta de infraestrutura e saneamento básico, precarização da saúde e educação. Deve-se levar em consideração que a área do estuário do Rio Ceará está muito poluída, devido ao lançamento de efluentes doméstico e o descarte incorreto do lixo. A pesquisa desenvolveu-se basicamente através de levantamento bibliográfico, trabalho de campo e compilação das informações coletadas, além da confecção de mapas. Para a análise da área de estudo usou-se a Teoria Geossistêmica, desenvolvida por Victor Sotchava nos anos de 1960, de modo a identificar e analisar os impactos observados na área de estudo.