PARTICIPATORY CARTOGRAPHY AS A DIALOGUE BETWEEN INTELIGGENCES
ontology, epistemology, methodology and applications in the social construcion of knowledge
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg.v8i16.52257Keywords:
Participatory Cartography, Dialogue of Knowledges, Ontology, Epistemology, Counter-hegemony, Social EmpowermentAbstract
This paper may be characterized as an essay, and aims to illustrate the specificity of participatory cartography within cartography in general, marking it as an intermediary object proposition for the use of science with counter-hegemonic purposes. To this end, we differentiate between participatory cartography (defined as a spatial language built from the dialogue between intelligences, science and local intelligences) and social cartography (auto-cartography of peoples from local intelligences), defining ontology, epistemology, methodology and the main applications of participatory cartography. In order to demonstrate the possibility of the proposal, we point out the use of science and technique in education and construction of counter-hegemonic projects, projects of social empowerment. To materialize the proposal, we chose to apply it to the field of education, from a participatory cartography workshop in three stages held in the municipality of São João da Ponta (state of Pará, Brazil).
Downloads
References
ACSELRAD, H.; COLI, L. R. Disputas cartográficas e disputas territoriais. In: ACSELRAD, H. (Org.). Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008, p. 13-44.
ALMEIDA, A. W. B. Carajás: guerra dos mapas. Belém: Falangola, 1993.
AMIN, S. O desenvolvimento desigual: ensaio sobre as formações sociais do capitalismo periférico. Tradução de: F. R. C. Fernandes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
ARAÚJO, F. E.; ANJOS, R. S. ROCHA FILHO, G. B. Mapeamento participativo: conceito, métodos e aplicações. Boletim de Geografia, Maringá, v. 35, n. 2, p. 128-140, 2017. DOI: 10.4025/bolgeogr.v35i2.31673 128.
BALL, A. M. And now my soul is hardened: abandoned children in Soviet Russia: 1918-1930. Los Angeles: University of California Press, 1994.
CÁCERES, L. S. R. Direitos territoriais e mapeamento participativo na América Latina. In: ACSELRAD, H. (Org.). Cartografia social e dinâmicas territoriais: marcos para o debate. 2ª Ed. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2012. p. 123-161.
CANTO, O.; VASCONCELLOS SOBRINHO, M.; VASCONCELLOS, A.; NOVAES, T.; ABREU, A.; SOARES, D. A. S. Conflitos socioambientais e gestão do território em Unidades de Conservação na Zona Costeira do Estado do Pará-Amazônia-Brasil. In: SILVA, C. N.; OLIVEIRA NETO, A.; SOBREIRO FILHO, J. (Org.). Perspectivas e análises do espaço geográfico: dinâmicas ambientais e uso dos recursos naturais. Belém: GAPTA/UFPA, 2018, p. 87-114.
CASTRO, C. J. N. Projeto cartográfico e a pesquisa: a implementação da escrita gráfica nos princípios geográficos e o tripé Geografia – Cartografia – Geoinformação. InterEspaço, v. 5, n. 17, p. 1-17, 2019. DOI: 10.18764/2446-6549.2019.12337.
CASTRO, C. J. N.; SOARES, D. A. S.; QUARESMA, M. J. N. Cartografia e ensino de geografia: o uso de mapas temáticos e o processo de ensino-aprendizagem na educação básica. Boletim Amazônico de Geografia, v. 2, n. 3, p. 41-57, 2015. DOI: 10.17552/2358-7040/bag.v2n3p41-57.
CONCAR. COMISSÃO NACIONAL DE CARTOGRAFIA. Especificações técnicas para estruturação de dados geoespaciais vetoriais (ET-EDGV 3.0). Brasília: CONCAR, 2017.
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. Tradução de: E. L. Nogueira. 9ª Ed. Lisboa: Presença, 2004.
DUSSEL, E. A produção teórica de Marx: um comentário aos Grundrisse. Tradução de: J. P. Netto. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
ENGELS, F. Do socialismo utópico ao socialismo científico. Tradução de: J. Abel. Lisboa: Editorial Estampa, 1971.
EPA. UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. National Geospatial Deliverable Standard. 15/9/2020. Disponível em: <https://cutt.ly/4E7O1d4>. Acesso em: 11 out. 2021.
FERNANDES, W. A. A.; PIMENTEL, M. A. S. Dinâmica da paisagem no entorno da RESEX Marinha de São João da Ponta/PA: utilização de métricas e geoprocessamento. Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia (MG), v. 20, n. 72, p. 326-344, 2019. DOI: 10.14393/RCG207247140.
FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. Tradução de: L. P. Roaunet. São Paulo: EDUNESP, 1995.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 25ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 59ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
FROMM. E. A sobrevivência da humanidade. Tradução de: W. Dutra. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
GARDNER, H. A nova ciência da mente: uma história da revolução cognitiva. Tradução de: C. M Caon. 3ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2003.
GGIM. THE UNITED NATIONS COMMITTEE OF EXPERTS ON GLOBAL GEOSPATIAL INFORMATION MANAGEMENT. A Guide to the Role of Standards in Geospatial Information Management. New York: GGIM, 2018.
GIRARDI, E. P. A construção de uma cartografia geográfica crítica. Revista Geográfica de América Central, v. esp., p. 1-17, 2011.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. Tradução de: C. N. Coutinho. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Tradução de: C. N. Coutinho. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.
HAESBAERT, R. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 2014.
HARVEY, D. O espaço como palavra-chave. Em Pauta, v. 13, n. 15, p. 126-152, 2015.
IFAD. INTERNATIONAL FUND FOR AGRICULTURAL DEVELOPMENT. Good practices in participatory mapping. Roma: IFAD, 2009.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual técnico de uso da terra. 3ª Ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
JAPIASSU, H. P. Introdução ao pensamento epistemológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.
JOLY, F. A cartografia. 11ª Ed. Campinas: Papirus, 2008.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Tradução de: C. Neves; A. Toríbio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1963.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 2ª Ed. Tradução de: B. V. Boeira; N. Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1978.
LACOSTE, Y. A geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Tradução de: M. C. França. 3ª Ed. Campinas: Papirus, 1993.
LÊNIN, V. I. O Infantilismo Esquerdista e a Mentalidade Pequeno Burguesa (9 de maio de 1918). In: LÊNIN, V. I. Obras completas. Moscou: Edições Progresso, 1965, v. 27, p. 335-350.
LÊNIN, V. I. Que fazer: problemas candentes de nosso movimento. Tradução de: M. Bráz. 2ª Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
LÉVY, J. Uma virada cartográfica? In: ACSELRAD, H. (Org.). Cartografias sociais e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2008, p. 153-167.
LIMA, R. P. Preservação digital e “divulgação” científica na Amazônia. 168f. Dissertação (Mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia), Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2017.
LOBATO, R. N. S. Gestão de recursos naturais em territórios quilombolas: o caso do território quilombola estadual Ramal do Piratuba. 157f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local da Amazônia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2020.
LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social II. Tradução de: N. Schneider. São Paulo: Boitempo, 2013.
LUXEMBURGO, R. A acumulação do capital: estudo sobre a interpretação econômica do imperialismo. Tradução de: M. Bandeira. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.
MARIÁTEGUI, J. C. Sete ensaios de interpretação da realidade peruana. Tradução de: F. J. Lindoso. 2ª Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
MARTINELLI, M. Mapas de geografia e cartografia temática. 6ª Ed. São Paulo: Contexto, 2013.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. Tradução de: F. Fernandes. 2ª Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
MARX, K. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Tradução de: N. Schneider. São Paulo: Boitempo, 2011.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política: livro 1: o processo de produção do capital. Tradução de: R. Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845-1846). Tradução de: R. Enderle; N. Schneider; L. C. Martorano. São Paulo: Boitempo, 2007.
MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Tradução de: H. P. Maciel; R. Haesbaert. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
MÉSZÁROS, I. O desafio e o fardo do tempo histórico: o socialismo no século XXI. Tradução de: A. Cotrim; V. Cotrim. São Paulo: Boitempo, 2007.
MOREIRA, R. Geografia e práxis: a presença do espaço na teoria e na prática geográficas. São Paulo: Contexto, 2012.
MOTA, G. S. Contribuições para uma teoria geográfica do lugar. 152f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.
MOTA, G. S. O Prometeu traído: espaço, técnica e controle no capitalismo monopolista e tecnológico. 248f. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.
MOTA, G. S. Subsunção e assimilação local: da apropriação do trabalho à subordinação dos espaços locais. Revista Universidade e Meio Ambiente, Belém, v. 1, n. 2, p. 47-57, 2017.
NELSON, C. A. Romania’s abandoned children: deprivation, brain development, and the struggle for recovery. Harvard: Harvard University Press, 2014. DOI: 10.4159/harvard.9780674726079.
PIAGET, J.; INHELDER, B. A psicologia da criança. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
PINEDO, C. D.; PIMENTEL, M. A. S. Análisis de indicadores de desarrollo sostenible en el municipio de São João da Ponta/PA. Nature and Conservation, v. 14, n. 1, p. 158-168, 2021. DOI: 10.6008/CBPC2318-2881.2021.001.0018.
RAISZ, E. Cartografía general. 2ª Ed. Barcelona: Ediciones Omega, 1959.
RAMOS, S. F. C. D. Impasses na RESEX Ipaú-Anilzinho: o mapeamento participativo como ferramenta de apoio à reconstrução do plano de manejo. 112f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local da Amazônia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2020.
RANIERI, A. S. Erosão costeira e conflitos socioambientais: o caso de Ajuruteua, Bragança-PA. 94f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local da Amazônia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2018.
RODRIGUES, G. P. Uso da cartografia participativa como estratégia para o ensino de geografia em comunidades rurais: cartografia participativa aplicada na E. M. E. F. Prof. Raul Rodrigues Lagoia, na Vila Deolândia (São João da Ponta-PA, Brasil). 27f. Monografia (Especialização em Ensino de Geografia na Amazônia), Universidade do Estado do Pará, Belém, 2019.
ROJAS-BERMÚDEZ, J. G. El “objeto intermediario”. Cuadernos de Psicoterapia, Buenos Aires, v. 2, n. 2, 1967.
ROUX, J.; SMITH, C. S. Psychological characteristics of South African street children. Adolescence, v. 33, n. 132, P. 891+, 1998.
RYGAARD, N. P. Improving the mental health of abandoned children: Experiences from a global online intervention. American Psychologist, v. 75, n. 9, p. 1376–1388, 2020. DOI: 10.1037/amp0000726.
SANTOS, B. S. Construindo as epistemologias do Sul: antologia essencial. Buenos Aires: CLACSO, 2018.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 6ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2009.
SARTRE, J. P. Crítica de la razón dialéctica: Tomo 1: Teoría de los conjuntos prácticos: Libro 1: De la “praxis” individual a lo práctico inerte. Tradução de: M. Lamana. Buenos Aires: Losada, 1963.
SILVA, H. N. Mapeamento dos conflitos socioambientais por meio da Cartografia Participativa: comunidade quilombola Deus me Ajude, Salvaterra-PA. 25f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental), Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.
SILVA, C. N. A representação espacial e a linguagem cartográfica. Belém: GAPTA/UFPA, 2013.
SILVA, C. N. A prática de mapear e o discurso cartográfico na era da Geoinformação. Ciência Geográfica, v. 14, n. 1, p. 263-271, 2020.
SILVA, C. N.; VERBICARO, C. C. O mapeamento participativo como metodologia de análise do território. Scientia Plena, Aracaju, v. 12, n. 6, 2016.
SOARES, D. A. S. Subsunção do trabalho ao capital na atividade pesqueira paraense: elites locais e contraespaços. 327 f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016. DOI: 10.13140/RG.2.2.23175.91044.
SOARES, D. A. S. Produção do espaço, dinâmicas territoriais e vetores técnicos na zona costeira do estado do Pará: uma geografia da subsunção e das exterioridades: uma geografia das águas. 405f. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. DOI: 10.13140/RG.2.2.10853.12006.
SOARES, D. A. S.; LEITE, A. S.; LOBATO, M. M. Estado e capital: subsídios para a compreensão analítica do protagonismo do Estado brasileiro no rearranjo espacial da América do Sul. GeoAmazônia, Belém, v. 4, n. 7, p. 47-77, 2016. DOI: 10.17551/2358-1778/geoamazonia.v4n7p47-77.
SOARES, D. A. S.; VILLACIS TACO, L. H.; CASTRO, C. J. N.; OLIVEIRA, R. R. S.; MORAES, S. C. Desenvolvimento da cartografia como linguagem geográfica: um processo de aprendizagem territorial. Atlante, Málaga, v. 7, p. 1-19, 2018.
SOMBRA, D.; CANTO, O.; CASTRO, C. J. N.; QUARESMA, M. J. N. Cartografia temática e cartografia participativa: contribuições para uma abordagem materialista do tripé ensino-pesquisa-extensão. In: LEMOS, F. C. et al. (Org). Formação em Psicologia Social e sociologias insurgentes: tramas históricas em educação libertária. Curitiba: CRV, 2021, p. 289-315.
TELES, G. C.; PIMENTEL, M. A. S. Análise de conflitos socioambientais nas Reservas Extrativistas de São João da Ponta e Curuçá-PA. Geoambiente, Jataí-GO, v. 31, p. 193-211, 2018. DOI: 10.5216/revgeoamb.v0i31.48852.
TOMAZ, Y. P. Cartografia participativa aplicada ao desenho ambiental. Labverde, São Paulo, v. 10, n. 1, p. e159536, 2020. DOI: 10.11606/issn.2179-2275.labverde.2020.159536.
VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
WHETTEN, K.; OSTERMANN, J.; WHETTEN, R. A.; PENCE, B. W.; O'DONNELL, K.; MESSER, L. C.; THIELMAN, N. M. A Comparison of the wellbeing of orphans and abandoned children ages 6–12 in institutional and community-based care settings in 5 less wealthy nations. Plos One, v. 4, n. 12, p. e8169, 2009. DOI: 10.1371/journal.pone.0008169.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
CC BY Attribution. Others may distribute, remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially, provided they give the author and licensor the credits.
