Ordenando un discurso “verde” corporativo
usos sociopolíticos de la modernización ecológica y el consenso de la sostenibilidad
DOI:
https://doi.org/10.22409/bhj20021Palabras clave:
Orden del discurso, Modernización ecológica, Consenso, Empresas, Crisis ecológicaResumen
La crisis ecológica y climática se ha convertido en uno de los mayores desafíos contemporáneos. Pero, ¿cómo reacciona y se adapta el mundo empresarial a las presiones generadas por esta crisis? Este artículo analiza los componentes que constituyen un orden del discurso «verde» corporativo en el marco de procesos de modernización ecológica y el desarrollo del consenso sobre la sostenibilidad, con el fin de legitimar las prácticas empresariales y neutralizar las críticas a sus operaciones. Basándose en el análisis del contenido de las conferencias del side event Business & Climate Ambition del Pacto Global-Red Brasil, celebrado en la COP-29, en Bakú, en noviembre de 2024, la revisión de páginas corporativas y de organismos internacionales, así como de literatura académica, se examina cómo este discurso desvía la atención de las causas estructurales de la crisis, diluye las desigualdades y presenta cambios “cosméticos” que preservan las condiciones dominantes de producción. Se identifican cuatro componentes centrales que articulan el orden del discurso: articulaciones entre agentes en la constitución de espacios de consenso, valoraciones dominantes frente a los problemas ambientales, formas de transformación del gobierno empresarial frente a la crisis y mecanismos de circulación de capital mediante financiamiento. Se concluye que el orden del discurso verde corporativo sirve como estrategia sociopolítica para crear condiciones adecuadas para el desarrollo empresarial en contextos de crisis ecológica y climática.
Descargas
Referencias
ACSELRAD, H. Ambientalização das lutas sociais: o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 103–119, 2010.
ALBAREZ, N. El concepto de Hegemonía en Gramsci: una propuesta para el análisis y la acción política. Estudios Sociales Contemporáneos, n. 15, p. 150–160, 2016.
AMBIMA. Quem somos. Disponível em: https://www.anbima.com.br/pt_br/institucional/a-anbima/posicionamento.htm. Acesso em: 26 jul. 2025.
AMBIPAR. A Ambipar Group. Disponível em: https://ambipar.com/. Acesso em: 22 jan. 2025.
BANCO DO BRASIL. Sobre nós. Disponível em: https://www.bb.com.br/site/sobre-nos/#/. Acesso em: 26 jan. 2025.
BNDES. Quem somos. Disponível em: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/quem-somos. Acesso em: 21 jan. 2025.
BOLTANSKI, L; CHIAPELLO, È. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
BOOKCHIN, M. Nós os ecologistas, nós os anarquistas. In: BOOKCHIN, M. (Org.). Ecologia Social e outros ensaios. Rio de Janeiro: Achiamé, 2010. p. 169–177.
BRINGEL, B.; SVAMPA, M. Del “Consenso de los Commodities” al “Consenso de la Descarbonización”. Nueva Sociedad, n. 306, p. 51–70, 2023.
CDP. Sobre o CDP. Disponível em: <https://www.cdp.net/pt/about>. Acesso em: 25 jul. 2025.
CHAMAYOU, G. A sociedade ingovernável: uma genealogia do liberalismo autoritário. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
ESCOBAR, A. Reinterpretando las civilizaciones: de la crítica a las transiciones. ARQ (Santiago), n. 111, p. 24–41, 2022.
FOUCAULT, M. El orden del discurso. Buenos Aires: Tusquets Editores, 1992.
GONZÁLEZ, F. El desarrollo espacial desigual como herramienta teórica-metodológica. In: HERRERA, D. (Org.). Geopolítica. Espacio, poder y resistencia en el siglo XXI. España: Trama y UNAM, 2020. p. 43–64.
HAJER, M. The Politics of Environmental Discourse. Ecological Modernization and the Policy Process. New York: Oxford University Press, 1995.
HARVEY, D. El nuevo imperialismo: acumulación por desposesión. In: PANITCH, L.; LEYS, C. (Orgs.). Socialist Register 2004: El “nuevo” desafío imperial. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 99–129.
HARVEY, D. Diecisiete contradicciones y el fin del capitalismo. España: IAEN y Traficantes de Sueños, 2014.
HARVEY, D. Justicia, naturaleza y geografía de la diferencia. Ecuador y España: IAEN y Traficantes de Sueños, 2017.
IBGC. O IBGC. IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: https://www.ibgc.org.br/quemsomos. Acesso em: 25 jul. 2025.
IPCC. Climate change 2023. Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Genebra: IPCC, 2023. Disponível em: doi: 10.59327/IPCC/AR6-9789291691647.
ITAÚSA. Sobre a ITAÚSA. Quem somos. Disponível em: <https://www.itausa.com.br/sobre-a-itausa/quem-somos/>. Acesso em: 20 jan. 2025.
JIMÉNEZ, A. A Costa Rica na moral internacional da descarbonização: Interações políticas multiescalares. AMBIENTES. Revista de Geografia e Ecologia Política, v. 7, n. 1, p. 251–288, 2025.
LOPES, J. S. L. Sobre processos de “ambientalização” dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos, n. 25, p. 31–64, 2006.
MACHADO, R. Introdução. Por uma genealogia do poder. In: FOUCAULT, M. (Ed.). Microfisica do poder. 4 ed. ed. Rio de Janeiro, Brasil: Edições Graal, 1984. p. 9–30.
MILANEZ, B. Modernização ecológica no Brasil: limites e perspectivas. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 20, p. 77–89, 2009.
MOL, A.; SPAARGAREN, G. Ecological modernisation theory in debate: a review. Environmental Politics, v. 9, n. 1, p. 17–49, 2000.
MOL, A.; SPAARGAREN, G. Para uma Sociologia dos Fluxos ambientais. Uma nova agenda para a Sociologia Ambiental do século XXI. Política & Sociedade, v. 4, n. 7, p. 27–76, 2005.
MOORE, J. El capitalismo en la trama de la vida. Ecología y acumulación de capital. Madrid: Traficantes de sueños, 2020.
MOORE, J. O surgimento da Natureza Barata. In: MOORE, Jason (Org.). Antropoceno ou Capitaloceno? Natureza, história e a crise do capitalismo. São Paulo: Elefante Editora, 2022. p. 97–139.
MORENO, C.; CHASSÉ, D.; FUHR, L. A Métrica do Carbono: Abstrações Globais e Epistemicídio Ecológico. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Boell Brasil, 2016.
NEDER, J; AFFONSO NETO, A.; MONTALVAN, R. A. V.; GOMES, P. C. dos R. Estudo dos pilares de ESG - environmental, social and governance – no contexto das empresas brasileiras. Sistemas & Gestão, v. 18, n. 3, p. 187–196, 2023.
NUDE. Nude. Disponível em: https://heynude.com.br/. Acesso em: 21 jan. 2025.
O’CONNOR, J. ¿Es posible el capitalismo sostenible? Rev. Papeles de Población, v. 6, n. 24, p. 9–35, 2000.
ONU. COP25: Support business efforts to tackle climate change, urges Guterres. Disponível em: https://news.un.org/en/story/2019/12/1053231. Acesso em: 21 jan. 2025.
OXFAM. A desigualdade na emissão de carbono mata. Reino Unido: OXFAM Internacional, 2024. Disponível em: https://www.oxfam.org.br/justica-climatica-e-amazonia/a-desigualdade-na-emissao-de-carbono-mata/. Acesso em: 15 jan. 2025.
PACTO GLOBAL DA ONU-REDE BRASIL. Side event ‘Business & Climate Ambition’. COP 29 Baku. Pacto Global Rede Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LbYPQtsov5U&t=26143s. Acesso em: 20 nov. 2024.
PACTO GLOBAL-REDE BRASIL. A um ano da Conferência das Partes no Brasil, Pacto Global – Rede Brasil inicia contagem regressiva e realiza evento próprio durante a COP29, em Baku. Disponível em: https://www.pactoglobal.org.br/noticia/a-um-ano-da-conferencia-das-partes-no-brasil-pacto-global-rede-brasil-inicia-contagem-regressiva-e-realiza-evento-proprio-durante-a-cop29-em-baku-2/. Acesso em: 7 jan. 2025.
PACTO GLOBAL-REDE BRASIL. Sobre nós. Disponível em: https://www.pactoglobal.org.br/sobre-nos/. Acesso em: 7 jan. 2025.
PATEL, R; MOORE, J. Natureza Barata: uma história do mundo em sete coisas baratas. [S.l.]: Presença, 2018.
PINTO, R. Conflitos Ambientais, Corporações e as Políticas de Risco. Rio de Janeiro: Garamond, 2019.
REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Qual é a origem da COP, uma das conferências mais importantes sobre mudanças climáticas. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/11/qual-e-a-origem-da-cop-uma-das-conferencias-mais-importantes-sobre-mudancas-climaticas. Acesso em: 24 jul. 2025.
RODRIGUES, A. Problemática Ambiental = Agenda Política. Espaço, território, classes sociais. Boletim Paulista de Geografia, n. 83, p. 91–110, 2005.
RODRIGUES, A. La hegemonía del pensamiento neoliberal y el desarrollo sustentable. In: XII COLOQUIO INTERNACIONAL DE GEOCRÍTICA. Anais... España: 2012.
SCHALATEK, L. A decisão sobre a Nova Meta de Financiamento Climático na COP29 marcará o futuro da justiça climática e de equidade no regime climático multilateral. Disponível em: https://br.boell.org/pt-br/2024/11/14/decisao-sobre-nova-meta-de-financiamento-climatico-na-cop29-marcara-o-futuro-da-justica. Acesso em: 23 jan. 2025.
SISTEMAB-BRASIL. Sobre o Movimento B. Disponível em: https://sistemabbrasil.org/sobre-o-movimento-b/. Acesso em: 21 jan. 2025.
SMITH, N. La naturaleza como estrategia de acumulación. In: GARCÍA, L. M.; SABATÉ, F. (Orgs.). Neil Smith: Gentrificación urbana y desarrollo desigual. España: Icaria, 2015.
SMITH, N. Desarrollo desigual. Naturaleza, capital y producción del espacio. España: Traficantes de sueños, 2020.
SUZANO. Quem somos. Disponível em: https://www.suzano.com.br/suzano/quem-somos. Acesso em: 21 jan. 2025.
SWYNGEDOUW, E. El apocalipsis es decepcionante: el punto muerto despolitizado del consenso sobre el cambio climático. Punto Sur, v. 5, p. 6–23, 2021.
UN CLIMATE CHANGE. Conferência do Clima da ONU COP29 concorda em triplicar o financiamento para países em desenvolvimento, protegendo vidas e meios de subsistência. Disponível em: https://unfccc.int/pt-pt/news/conferencia-do-clima-da-onu-cop29-concorda-em-triplicar-o-financiamento-para-paises-em. Acesso em: 23 jan. 2025.
UN GLOBAL COMPACT. Our mission. Disponível em: https://unglobalcompact.org/what-is-gc/mission. Acesso em: 7 jan. 2025.
UNFCCC. Conferencia de las Partes (COP). Disponível em: https://unfccc.int/es/process/bodies/supreme-bodies/conference-of-the-parties-cop. Acesso em: 24 jul. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Del periodico (Ensaios de Geografia) y del Autor

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Atribución CC BY. Esta licencia permite a los reutilizadores distribuir, remezclar, adaptar y desarrollar el material en cualquier medio o formato, mismo para el uso comercial, siempre y cuando la atribución sea otorgada al creador.