DISCURSOS SOBRE JUSTIÇA AMBIENTAL: FORTALECENDO SENTIDOS EMANCIPATÓRIOS NAS PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2017.v10i3.a21269Resumo
Neste trabalho apresentamos uma análise discursiva da Carta Política do VI Encontro Nacional da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Nosso objetivo foi identificar alguns sentidos produzidos por essa rede os quais evidenciam a distribuição desigual dos danos e prejuízos sociais e ambientais no âmbito do atual modelo hegemônico de desenvolvimento social e político-econômico, conformando as injustiças ambientais. Partimos do pressuposto de que no campo da Educação em Ciências circulam discursos que podem dissimular essas injustiças, reproduzindo relações de dominação e exploração. Sob o aporte teórico-metodológico da Análise Crítica do Discurso, analisamos o texto a partir do significado representacional do discurso, conforme as seguintes categorias analíticas: vocabulário (lexicalização, significados da palavra e metáforas) e intertextualidade (pressuposição e negação). Identificamos alguns sentidos produzidos nesse documento os quais desvelam discursos que limitam a capacidade de superação da crise socioambiental e que mantêm as relações de dominação e exploração que conformam essa crise. Por meio da negação, por exemplo, foram evidenciadas as contradições dos discursos do senso comum e através de metáforas, foram reforçadas características do atual modelo de desenvolvimento que corroboram para as injustiças ambientais. A partir das análises, assinalamos dois sentidos contra-hegemônicos que podem ser fortalecidos no campo da Educação em Ciências: os discursos sobre as relações entre seres humanos e natureza e os discursos sobre o atual modelo de desenvolvimento social e político-econômico. Ao caracterizar esses discursos temos como objetivo colaborar para a construção e o fortalecimento de sentidos emancipatórios nas práticas de Educação em Ciências.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito da primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista.