Matripotência e biointeração: princípios contracoloniais de defesa da vida
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a62349Palavras-chave:
matripotência, biointeração, interseccionalidade, colonialidade, contracolonialidadeResumo
O processo de colonização que construiu a Modernidade impôs a povos de todo o mundo estruturas dicotômicas de poder baseadas no par dominação-subordinação, que perpassam relações de raça, gênero, classe social, humanidade-natureza, dentre outras. Com Carla Akotirene e Nego Bispo, entendemos que na resistência à violência colonial é importante forjamos nossos próprios conceitos, a partir das cosmoperpepções dos povos afropindorâmicos. Sendo assim, trazemos aqui um pouco de como se articulam racismo e machismo a partir da dinâmica colonial, perpetuando múltiplas opressões e epistemicídios em relação aos saberes e modos de vida dos povos afropindorâmicos. No entanto, tais saberes estão vivos e potentes, organizando a vida nas comunidades contracoloniais e podem nos ajudar a romper com essencialismos e repensar nossa organização social, ao constituírem contraponto às estruturas de poder que determinam as relações no colonial-capitalismo. Nesse sentido, trazemos os conceitos de Biointeração, de Antônio Bispo dos Santos, e Matripotência, de Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí.
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