O deslocamento do “Terceiro”: ascensão e declínio da civilização

Autores

  • Luana Colloda Zamboni
  • Fernanda Passuelo Gazzola

Palavras-chave:

civilização, Terceiro, ordem, desordem

Resumo

Este artigo tem a intenção de analisar a relação entre o processo de civilização e a existência de um representante de autoridade, que sob o ponto de vista psicanalítico é qualificado pelo constructo “Terceiro”, tendo em vista a necessidade de constrição de aspectos da conduta humana para uma vida em sociedade. Assim, desenvolve-se a hipótese de um possível deslocamento desse “Terceiro”, ou seja, aquele que introduz o simbólico e representa a Lei, ao longo dos séculos. Para tal entendimento serão explanadas algumas ideias em torno da temática durante o percurso da humanidade, considerando conceitos antropológicos, sociológicos e psicanalíticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luana Colloda Zamboni

Psicóloga, graduada pela Faculdade da Serra Gaúcha. Atualmente, especializando-se em Terapia Cognitiva., pelo Instituto WP. Atua nas áreas: saúde mental, assistência social e clínica.

Fernanda Passuelo Gazzola

Psicóloga, graduada pela Faculdade da Serra Gaúcha. Especialista em Transtornos Alimentares e Obesidade, pela CEPSIC-FMUSP. Atua nas áreas: assistência social e clínica.

Referências

BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1998.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001.

BAUMAN, Z. Amor líquido. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2004.

DUFOUR, D. A arte de reduzir cabeças. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2007.

ENRÍQUEZ, E. Da horda ao Estado: Psicanálise do vínculo social. Rio de Janeiro J. Zahar, 1990.

FLEIG, M. Subjetividade: espaço e tempos sagrados. Psicanálise e ilusões contemporâneas, Porto Alegre, v. 10, p. 17-25, 1994.

FREUD, S. Totem e Tabu (1913). In: SALOMÃO, J. (Org.). Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996a. v. XIII, p. 11-125, Edição Standard Brasileira.

FREUD, S. O mal estar na civilização (1930). In: SALOMÃO, J. (Org.). Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996b. v. XXI, p. 67-150, Edição Standard Brasileira.

FREUD, S. A questão de uma Weltanschauung. (1932). In: SALOMÃO, J. (Org.). Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996c. v. XII, p. 193-220, Edição Standard Brasileira.

HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado esclesiático e civil. São Paulo: Martin Claret, 2006.

KEESING, F. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1972.

KEHL, M. R. Sobre ética e psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

KEHL, M. R. Deslocamentos do feminino. 2. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2008.

KELSEN, H. A democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000

LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 24. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2009.

LEBRUN, J. Um mundo sem limite: ensaio para uma clínica psicanalítica do social. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2004.

LEBRUN, J. O futuro do ódio. Porto Alegre: CMC, 2008.

LÉVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis, RJ: Vozes, 1982.

MELMAN, C. O homem sem gravidade: gozar a qualquer preço. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2003.

MORIN, E. O método IV: as idéias. Porto Alegre: Sulina, 1998.

MORIN, E. O método I: a natureza da natureza. Porto Alegre: Sulina, 2002.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. rev. Brasília: UNESCO, 2011.

PAIVA, I. P. Um diálogo sobre a cultura e a construção do homem. Holos, v. 3, n. 2, p. 18-24, dez. 2004.

PAZZINATO, A. L.; SENISE, M. H. V. História moderna e contemporânea. 14. ed. São Paulo: Ática, 2002.

PONTES, A. M. O Tabu do incesto e os olhares de Freud e Levi-Strauss. Trilhas, Belém, ano 4, n. 1, p. 7-14, jul. 2004.

SANADA, E. R. A ‘verdade’ da ciência a partir de uma leitura psicanalítica. Psicologia USP, São Paulo, v. 15, n. 1/2, p. 183-194, 2004.

SANTIAGO, J. Lacan e a toxicomania: efeitos da ciência sobre o corpo. Ágora, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 23-32, jan./jun. 2001.

SIQUEIRA, E. R. A. O estatuto contemporâneo das identificações em sujeitos com marcas e alterações corporais. 2009. Dissertação (Mestrado)__Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2009.

SOUZA, O. Limites no conflito entre religião e psicanálise. Psicanálise e ilusões contemporâneas, Porto Alegre, v. 10, p. 5-16, 1994.

UNTERBERGER, M. Estatuto del “yo soy” en la toxicomania y el alcoholismo. In: SINATRA, E. S.; SILLITII, D.; TARRAB, M. (Comp.). Sujeto, Goce y Modernidad III: de la monotonia a la diversidade. París: Atuel-Tya, 1994.

VANDERMERSCH, B. O que seria um sujeito sem pai? Há um sujeito sem pai? Revista Tempo Freudiano / Associação Lacaniana Internacional, Rio de Janeiro, n. 5, p. 123-137, ago. 2004.

Downloads

Publicado

2015-06-20

Como Citar

COLLODA ZAMBONI, L.; PASSUELO GAZZOLA, F. O deslocamento do “Terceiro”: ascensão e declínio da civilização. Fractal: Revista de Psicologia, v. 27, n. 2, p. 177-183, 20 jun. 2015.

Edição

Seção

Artigos