A crítica indígena e a hipótese do cérebro dividido: Ideias para adiar o fim do mundo
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i60.54159Palavras-chave:
conquest, epistemicide, brain asymmetryResumo
Há uma semelhança impressionante entre a história da conquista do Hemisfério Americano Indígena pelo Europeu e a história paralela da conquista neuropolítica do hemisfério direito do cérebro pelo hemisfério esquerdo. Este ensaio argumenta que há uma causalidade mútua que as conecta. Elas deram à luz o mundo moderno ocidental, com as características particularmente perigosas que hoje ameaçam o planeta. De acordo com o psiquiatra e filósofo escocês Iain McGilchrist, a história do mundo ocidental fala da crescente hegemonia do hemisfério esquerdo sobre o direito, mas não identifica a origem dessa hegemonia. Este ensaio argumenta que a conquista foi o catalisador que desencadeou a hegemonia dos dois hemisférios, o europeu e o esquerdo. A implicação dessa parábola é que somente com um reequilíbrio dos quatro hemisférios podemos começar a restaurar os valores de não mercado e ajudar a mitigar o impacto nefasto do ‘pacote ocidental colonial’: ecocídio, epistemicídio e genocídio. Outro mundo é possível.
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