O jogo dos falsos tronos: do arquétipo nobre ao estereótipo esnobe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v15i1.43260

Palavras-chave:

comunicação visual, Pintura acadêmica, design gráfico de jogos, consumismo

Resumo

Trata-se de uma investigação intermidiática que utiliza a teoria iconológica de William Mitchell (1995) para associar as características gráficas e conceituais de um jogo contemporâneo a uma ideologia esnobe e historicista – encontrada em pinturas, romances e folhetins, no século XIX – com o intuito de produzir uma reflexão sobre o consumismo. Questionam-se os fundamentos de uma cultura visual e verbal difusora da necessidade de se adquirir uma identidade aristocrática clichê mascarada por pretensões arquetípicas. O objetivo é entender em que medida esse modelo, aparentemente arcaico, distante e inócuo, pode ainda reverberar na comunicação visual veiculada numa mídia moderna.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVIM, Pedro de Andrade. O arquivo e a busca de visibilidade – pinturas de “gênero histórico” nos álbuns fotográficos dos Salões de Paris. Revista Arte & Ensaios, nº 20, ano XVII, p. 86-93, jul. 2010.

BALZAC, Honoré. Ilusões perdidas. São Paulo: Cia. das Letras, 2016.

BANN, Stephen. As invenções da história: ensaios sobre a representação do passado. São Paulo: UNESP Editora, 1994.

______. Paul Delaroche: history painted. London: Reaktion Books Ltda, 1997.

______. The Clothing of Clio: a study of the representation of history in nineteenth-century Britain and France. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BELOZERSKAYA, Marina. Rethinking the Reaissance: burgundian arts across Europe. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

BURKE, Peter. A fabricação do rei, a construção da imagem pública de Luís XIV. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

CARROL, Lewis. Alice. Edição comentada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

CERQUEIRA LEITE, Beatriz Westin de. A Arte como Expressão da Glória: Napoleao Bonaparte. São Paulo: Editorial Altamira, 2011.

DENIS, Rafael Cardoso. Uma introdução à história do design. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2000.

DUBY, Gerorges. As Três Ordens ou o imaginário do feudalismo. Lisboa: Editorial estampa, 1982.

DUMAS PAI, Alexandre. O Conde de Monte Cristo. São Paulo: Martin Claret, 2008. v. 1.

ECO, Umberto. A estrutura ausente. São Paulo: Perspectiva, 1976.

ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

GOTLIEB, Marc. The plight of emulation: Ernest Meissonier and french salon painting. New Jersey: Princeton University Press, 1996.

HIBBERT, Christopher. Ascensão e queda da casa dos Medici. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

LICHTENSTEIN, Jacqueline (org.). A pintura: os gêneros pictóricos. São Paulo: Editora 34, 2006. v. 10.

LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Editora EDUSC, 2005.

MARKOV, Walter. Grand Empire: virtue anda vice in the napoleonic era. Leipzig: Edition Leipzig, 1990.

MITCHELL, W. J. T. Metapictures. In: MITCHELL, W. J. T. Picture theory. Chicago: The University of Chicago Press, 1995.

NÖEL, Bernard. David. New York: Crown Publishers, 1989.

PROUST, Marcel. O caminho de Guermantes. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

WHITMORE, Janet. Cesare Auguste Detti, The Marriage of the Prince. Disponível em: http://www.tuttartpitturasculturapoesiamusica.com/2014/08/Cesare-Augusto Detti.html. Acesso em: 12 dez. 2016.

WILSON, Derek. Rothschild: a story of wealth and power. London: WSOY, 1994.

WOLF, Norbert. The art of the salon: the triumph of 19th century painting. London: Prestel Verlag, 2012.

Downloads

Publicado

2021-01-19

Como Citar

de Melo, L. A., & de Paula, M. V. (2021). O jogo dos falsos tronos: do arquétipo nobre ao estereótipo esnobe. Mídia E Cotidiano, 15(1), 148-171. https://doi.org/10.22409/rmc.v15i1.43260