Poesia para existir e resistir
a experiência dos saraus na educação básica do município de São Paulo possíveis contribuições na construção das identidades étnico e racial dos estudantes.
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v12i22.51123Palavras-chave:
Saraus, literatura periférica, cultura periférica e escolar, autonomia, identidadesResumo
O artigo apresenta, com base nos referenciais da teoria crítica da sociedade, sobretudo os conceitos de autonomia e formação cultural de T. W. Adorno, a experiência de escolas públicas que desenvolvem saraus no município de São Paulo, sua presença nos currículos escolares e nos Projetos Políticos Pedagógicos. Duas escolas pertencentes à Diretoria Regional do Campo Limpo, cidade de São Paulo/SP, foram objetos de estudo da pesquisa que originou este artigo, de modo a identificar como se desenvolvem os saraus nos seus currículos e como estão relacionados a outras ações pedagógicas; considerando que a presença dos saraus nas escolas da DRE Campo Limpo é resultado do crescimento de ações culturais e artísticas realizadas pelos coletivos de cultura popular e periférica nesse território, procurou-se identificar, por meio da observação dos saraus promovidos pelas instituições selecionadas, se de fato sua realização foi incorporada como elemento da identidade da escola e como as possibilidades de trabalho são desenvolvidas no cotidiano escolar. Os dados produzidos na pesquisa empírica permitem afirmar que os saraus, utilizados como recurso metodológico e conteúdo curricular, produzem uma tendência que possibilita um ambiente e um espaço para a formação cultural, política, étnica e racial como nos aponta uma das escolas observadas, por meio da experiência com a arte, a poesia e a literatura e cultura da periferia.
Palavras-chave: Saraus; literatura periférica; Cultura periférica e escolar; Autonomia; Identidades.
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