Representações da violência contra mulheres na narrativa seriada Coisa mais linda (2019)
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v13i24.55421Palavras-chave:
narrativa seriada, violência de gênero, personagens femininasResumo
O presente artigo tem por objetivo a análise da representação da violência contra as mulheres e o feminicídio na primeira temporada da série brasileira da Netflix – Coisa Mais Linda, lançada em 2019. O título da produção audiovisual é uma homenagem à canção “Garota de Ipanema'', de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, de 1962, que tem, no primeiro verso da letra, a expressão “coisa mais linda”. A narrativa seriada, ambientada no fim da década de 1950, retrata a história de Maria Luiza Carone – Malu, Lígia Soares, Adélia Araújo e Theresa Soares, que vivem na ficção uma sequência de situações que evidenciam a condição da mulher em uma sociedade regida pelo sistema patriarcal. As análises foram elaboradas a partir de estudos bibliográficos, considerando o contexto histórico, as relações entre cinema, crítica feminista, os estudos de gênero e das múltiplas formas das violências a partir de autores e autoras como Eco (1989), Buonnano (2019), Curi (2021), Lerner (2019), Butler (2003), Bourdieu (2002), Saffioti (1987). Constatamos que as violências sofridas pelas personagens femininas da ficção podem ser encontradas nos diversos casos de violência de gênero na sociedade contemporânea, representando discursos racistas, sexistas e misóginos contra as mulheres.
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