Políticas para o audiovisual no Brasil (1985-2002): Estado, cultura e comunicação na transição democrática

Autores

  • Renata Rocha Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura / Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i10.10426

Resumo

O artigo ora apresentado tem como objetivo discutir as políticas culturais para o audiovisual e as relações entre Estado, comunicação e cultura no período de transição democrática no Brasil, entre os anos de 1985 a 2002, ao longo dos Governos José Sarney (1985-1990), Fernando Collor de Mello (1990-1992), Itamar Franco (1992-1994) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Considerando as necessárias relações entre os campos da cultura e comunicação e as dificuldades para sua efetiva consecução, enfatiza-se, nesta reflexão, as principais propostas e iniciativas do Governo Federal que envolvem o cinema, as emissoras de televisão dos campos público e privado, bem como as necessárias, e muitas vezes frustradas tentativas de regulamentação para o setor.

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Biografia do Autor

Renata Rocha, Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura / Universidade Federal da Bahia

Bolsista em Políticas Culturais do Programa Nacional de Pós-Doutorado - CAPES/UFBA
Vice-coordenadora do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - UFBA

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Publicado

2016-03-07

Como Citar

Rocha, R. (2016). Políticas para o audiovisual no Brasil (1985-2002): Estado, cultura e comunicação na transição democrática. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, (10), 77-93. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i10.10426

Edição

Seção

Dossiê 10: Economia Política da Comunicação e da Cultura na Íbero-América