Mudar de corpo em ode aos invisíveis

Autores

  • Ana Luiza Hupe PPGAV - UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i12.10448

Resumo

Este artigo entende a arte como processo de conscientização que se contrapõe à alienação imposta pelo sistema pós-industrial. As lacunas deixadas pela herança colonial são preenchidas com a força rítmica da caminhada e pelo encantamento com o afrofuturismo para desesteriotipar a África e Brasil como lugares do precário. Este texto sonha um mundo sem fronteiras, em que as sujeições identitárias escravizantes pulverizem no ar.
Descrições sobre a estada da autora na África do Sul, iluminadas por trabalhos de artistas como Sean O’Toole, Superflex, Sun Ra e Octavia Butler, fazem refletir sobre a importância de práticas de descolonização e de uma releitura dos fluxos migratórios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Luiza Hupe, PPGAV - UFRJ

Ana Hupe (anahupe.com), 1983. Doutora em Linguagens Visuais pela EBA - UFRJ, tendo realizado um ano de doutorado sanduíche na Universität der Künste sob supervisão da Prof. Dr. Hito Steyerl. Mestrado em Artes pela UERJ. É formada em comunicação social pela PUC-Rio. Integrou o coletivo Opavivará (opavivara.com.br) de 2009 a 2013. Deu aulas no curso de Artes Visuais da EBA - UFRJ, de oficina de criação 3D de 2012 a 2014. Sua pesquisa passa pelo que é intuído e não comunicado, pela invisibilidade das histórias cujas palavras não dão conta de seus sentidos, pela procura de territórios utópicos. Localiza-se na fronteira entre escrita e artes visuais. Os trabalhos apresentam-se como formas experimentais de textos ou dispositivos de escrita e leitura. Atravessam situações sociais ligadas a práticas de descolonização, pós-colonialismo e diferentes futurismos.

Referências

ANDREWS, George Reid. Democracia racial brasileira 1900-1990: um contraponto americano, In: Estudos Avançados. São Paulo: USP, 11 (30), p. 95-105, 1997.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da manhã e outros poemas: Antologia Poética. São Paulo: Círculo do Livro, 1978.

BHABHA, Homi K. O Local da Cultura, tradução de Myriam Ávila. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994

CHUDE-SOKEI, Louis. Dr. Satan’s Echo Chamber, Chimurenga: África do Sul, 2008.

GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura, Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 1976.

MBEMBE, Achille. On the Postcolony. University of California Press. Berkeley and Los Angeles, California. 2001.

NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2001.

O´TOLLE, Sean. Three men, a fence and a dead body. In: Chronic, Chimurenga, julho 2013. Disponível em http://chimurengachronic.co.za/three-men-a-fence-a-dead-body/. Acesso em: 19 jan. 2016.

RANCIÈRE, Jacques. The Politics of Aesthethics, the distribution of the sensible. Continuum International Publishing Group. Printed in 2004.

ROLNIK, Suely. In: O retorno do corpo-que-sabe, palestra no SESC Vila Mariana, janeiro de 2013, no evento Hemispheric Institute, Instituto hemisférico de performance política. Disponível em: http://hemisphericinstitute.org/hemi/pt/enc13-keynote-lectures/item/2085-enc13-keynote-rolnik. Acesso em: 10 jul 2016.

SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autência Editora, 2016.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura dos trópicos. 2a edição. Rio de Janeiro: Ed. Rocco. 2000.

VIRILIO, Paul. Estética da desaparição, trad.Vera Ribeiro. 1a edição, Rio de Janeiro: Contraponto, 2015. (Coleção ArteFíssil, direção: Tadeu Capistrano)

Downloads

Publicado

2017-03-22

Como Citar

Hupe, A. L. (2017). Mudar de corpo em ode aos invisíveis. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, (12), 89-109. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i12.10448

Edição

Seção

Dossiê 12: Leituras do Mundo: formas de expressão criativas e comunicativas