Sobre “fenómenos políticos curiosos”

la politización del campo cultural en el Brasil contemporâneo

Autores/as

  • Alexandre Barbalho Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v12i23.53266

Palabras clave:

campo cultural, campo político, política cultural, Brasil

Resumen

El objetivo de este artículo es presentar la tesis de que, a partir de 2003, con el inicio del gobierno de Lula, el Partido de los Trabajadores (PT), y la gestión de Gilberto Gil al frente del Ministerio de Cultura (MinC), ocurrió un proceso de forma singular de politización del campo cultural brasileño. Para tanto, aborda la cultura política que sustenta la “forma de gobernar del PT” y sus efectos en la política cultural de la época del PT. A continuación, analiza el esfuerzo del MinC por institucionalizar la cultura como objeto de las políticas públicas del Estado. Finalmente, analiza dos momentos paradigmáticos de expresión de la politización del campo cultural: la oposición a la gestión de la ministra de Cultura Ana de Hollanda en el primer gobierno de Dilma y la reacción al intento de extinción del MinC en el gobierno de Temer.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALEXANDER, J. The civil sphere. Nova York: Oxford University, 2008.

AMARAL, A. Arte para quê? A preocupação social na arte brasileira (1930-1970). São Paulo: Nobel, 1987.

BARBALHO, A. Os Dirigentes da Cultura: A Elite da Política Cultural na Era Weffort. Revista Tomo, v. 1, p. 451-478, 2022.

BARBALHO, A. Sistema Nacional de Cultura: campo, saber e poder. Fortaleza: UECE, 2019.

BARBALHO, A. Política cultural em tempo de crise: o Ministério da Cultura no Governo Temer. Revista de Políticas Públicas da UFMA, v. 22, p. 239-260, 2018.

BARBALHO, A. Em tempos de crise: o MinC e a politização do campo cultural brasileiro. Políticas culturais em revista, v. 10, p. 23-46, 2017a.

BARBALHO, A. “Acho que o que eu peguei foi uma coisa meio fora do normal”: mobilização e crise na gestão Ana de Hollanda. In: CALABRE, Lia; LIMA, Deborah (orgs.). Políticas culturais: conjunturas e territorialidades. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 2017b. p. 33-48.

BARBALHO, A. Política cultural das minorias. Verbete. In: Enciclopédia Intercom de Comunicação. São Paulo: Intercom, 2010. p. 939-940.

BARBALHO, A. Relações entre Estado e cultura no Brasil. Ijuí: Unijuí, 1998.

BITTAR, J. (ed). O modo petista de governar. São Paulo: Teoria & Debate, 1992.

BOURDIEU, P. Sur l’État. Paris: Seuil, 2012.

BOURDIEU, P. O campo político. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 5, p. 193-216, 2011.

BOURDIEU, P. Sobre el campo político. s/d. Disponível em http://200.6.99.248/~bru487cl/files/BOURDIEU_campo-politico.pdf. Acesso em: 14 set 2020.

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.

BRASIL. Sistema Nacional de Cultura, Estatísticas. Brasília: Ministério da Cultura, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3sbjumV. Acesso em: 15 dez 2020.

BRASIL. Anais, III Conferência Nacional de Cultura. Brasília: Ministério da Cultura, s/d

BRASIL. “Conferindo os conformes”, Resultados da II Conferência Nacional de Cultura. Brasília: Ministério da Cultura, 2010.

BRASIL. I Conferência Nacional de Cultura. Brasília: Ministério da Cultura, 2007.

CALABRE, L. Participação social na construção de planos setoriais de políticas públicas: um estudo do Plano Nacional de Cultura. Anais do VI Congresso CONSAD de Gestão Pública. Brasília, 2013.

CASTELLO, J. Cultura. In: LAMOUNIER, B; FIGUEIREDO, R. (orgs.). A era FHC. Um balanço. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2002. p. 627-656.

CHAUÍ, M. Cultura e democracia. São Paulo: Cortez, 1989.

SEMENSATO, C.; BARBALHO, A. A cultura em tempos de covid-19: análise das políticas estaduais de cultura dirigidas para o contexto emergencial da pandemia. In: FROTA, Francisco H.; FROTA, M.; SILVA M. (orgs.). O impacto do COVID-19 nas políticas públicas. Fortaleza: Edmeta, 2020. p. 171-194.

COUTINHO, C. N. Cultura e democracia no Brasil. Revista Encontros com a Civilização Brasileira, 17, p.19-48, 1979.

DOMINGUES, J., PAULA, L., SILVA, M. Do ato fóbico ao ato mágico pós-político: o novo mercado discursivo do Ministério da Cultura”. Eptic, v.20, n. 2, p. 178-195, 2018.

DOMINGUES, J., PAULA, L. Esse tipo de artista não mais se locupletará da Lei Rouanet: políticas culturais e sentidos em disputa no Brasil pós-impeachment. In: Anais do XV Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Salvador: UFBA, 2019.

DOMINGUES, J., LOPES, G. Ministério da Cultura: entre o carisma e a coalizão. Desigualdade & Diversidade, v. 14, n.1, p. 4-38, 2014.

FARIA, C., SILVA, V., LINS, I. Conferências de políticas públicas: um sistema integrado de participação e deliberação?”. Rev. Bras. Ciênc. Polít., 7, p. 249-284, 2012.

GALLEGO, E., ORTELLADO, P., MORETTO, M. Guerras culturais e populismo antipetista nas manifestações por apoio à Operação Lava – Jato e contra a Reforma da Previdência. Em Debate, v. 9, n. 2, p. 35–45, 2017.

GOMES, W. Participação política online: questões e hipóteses de trabalho”. In: MAIA, R.; GOMES, W.; MARQUES, J. (orgs.). Internet e participação política no Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 19-46.

HOLLANDA, A. Entrevista. Políticas culturais em revista, v. 10, n. 1, p. 324-372, 2017.

HOLLANDA, H., GONÇALVES, M. Cultura e participação nos anos 60. São: Paulo, Brasiliense, 1986.

LIMA, R. Um leitura petista da agenda da gestão pública da cultura. In: RUBIM, A. (org). Política cultural e gestão democrática no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2016. p. 37-54.

MAIA, R. Internet e esfera civil: limites e alcances da participação política. In: MAIA, R.; GOMES, W.; MARQUES, J. (orgs.). Internet e participação política no Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 47-94.

MEIRA, M. Gestão cultural no Brasil: uma leitura do processo de construção democrática. In: RUBIM, A. (org.). Política cultural e gestão democrática no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2016. p. 17-36.

MEIRA, M. Desafios para a cultura no Brasil. In: I Conferência Nacional de Cultura. Brasília, Ministério da Cultura, 2007. p. XVIII-XIV.

MENDES, H. O palco de Collor: A precarização da política cultural no governo de Fernando Collor. Rio de Janeiro: Multifoco, 2015.

MICELI, S. Os intelectuais brasileiros e o Estado. In: SOARES, M. (org.). Os intelectuais no processo político da América Latina. Porto Alegre: UFRGS, 1985. p.124-129.

MICELI, S. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel, 1979.

MIGUEL, L. O pensamento e a imaginação no banco dos réus: ameaças à liberdade de expressão em contexto de golpe e guerras culturais. Políticas culturais em revista, v. 11, n. 1, p. 37-59, 2018.

MUNIAGURRIA, L. Políticas da cultura. Trânsitos, encontros e militância na construção de uma política nacional. São Paulo: Humanitas, 2018.

MUNIZ JUNIOR, J. S. ; BARBALHO, A. Entre a diversidade e o antagonismo: práticas articulatórias da discursividade LGBT no Ministério da Cultura. Revista brasileira de ciências sociais, v. 35, p. 1-18, 2020.

PARTIDO DOS TRABALHADORES. A imaginação a serviço do Brasil: Programa de políticas públicas de cultura. São Paulo: Partido dos Trabalhadores, 2002.

PÉCAUT, D. Os intelectuais e a política no Brasil. Entre o povo e a nação. São Paulo: Ática, 1990.

PEIXE, J. R. Sistema Nacional de Cultura: um novo modelo de gestão cultural para o Brasil. In: RUBIM, A. (org.), Política cultural e gestão democrática no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2016. p. 221-246.

POGREBINSCHI, T., SANTOS, F. Participação como representação: o impacto das conferências nacionais de políticas públicas no Congresso Nacional. Dados, v. 54, n.3, p. 259-305, 2011.

PRUDENCIO, K., LEITE, W. Comunicação e mobilização política na campanha Fora Ana de Hollanda. Rev. Estud. Comun., v. 14, n. 35, p. 445-462, 2013.

RUBIM, A. Espetáculo, política e mídia. In: FRANÇA, V. et alli (orgs.). Estudos de comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2003. p. 85-103.

SCHWARZ, R. O pai de família e outros estudos. São Paulo: Paz e Terra, 1978.

SEVCENKO, N. Literatura como missão. Tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1983.

SCHERER-WARREN, I. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, v. 21, n. 1, pp. 109-130, 2006.

SILVA, L. Conferências nacionais de políticas públicas e democracia participativa: conferências de políticas para as mulheres e decisões governamentais no período Lula (2003-2010). (Mestrado em Ciência Política). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.

VARELLA, G. Plano Nacional de Cultura. Direitos e políticas culturais no Brasil. Rio de Janeiro: Azougue, 2014.

Publicado

2022-09-01

Cómo citar

Barbalho, A. (2022). Sobre “fenómenos políticos curiosos”: la politización del campo cultural en el Brasil contemporâneo. PragMATIZES – Revista Latinoamericana De Estudios En Cultura, 12(23), 225-251. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v12i23.53266