A Potência da linguagem simbólica
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i7.10391Resumo
A relação entre o avanço do papel das instituições culturais no país, especificamente dos centros culturais e museus, e o amadurecimento das práticas de gestão cultural é abordada a partir do questionamento sobre como essas práticas têm se desenvolvido no sentido de ativar os arranjos criativos e o desenvolvimento local.
A partir de uma visão sobre o impacto da mentalidade investidora - seus propósitos e objetivos - nos processos de produção das iniciativas culturais nos últimos 20 anos, o artigo desperta para a potência estratégica da cultura e de seu valor simbólico na sociedade do conhecimento diante do desafio de estar em sintonia com as transformações sociais. Ao citar modelos que foram apontando as novas tendências, alerta sobre a urgência de definições mais claras para os papeis, as funções e objetivos dos modelos de gestão agora em voga e para a consequente necessidade de criação de metodologias específicas que sejam capazes de adotar uma atitude de desenvolvimento do setor da economia criativa. Caracteriza as moedas de troca entre o interesse do investidor e a resposta da gestão cultural até agora, desperta para a tendência dos interesses dos agentes transformadores e empreendedores hoje e exemplifica como as qualidades e capacidades da cultura podem de responder a essa demanda na conexão com outros setores da sociedade. Apresenta em seguida um conceito de gestão empreendedora com um relato da implantação de uma instituição cultural que estabeleceu suas premissas centradas em promover inovação para própria cidade – pautadas por princípios éticos – resultantes de estudo e investigação permanentes do meio artístico-cultural e em sintonia com as tendências de comportamento, mercado, consumo, mídia e comunidade.
Descreve a sequência de providências necessárias a uma atuação própria e legítima de instituição do terceiro setor para ser agente de mudanças. As múltiplas interseções estabelecidas entre os atores sociais permite compreender o fôlego multiplicador do modelo de gestão em parceria adotado e para exemplificar, descreve como uma mostra de arte eletrônica pode ser muito mais que uma iniciativa de exibição de um projeto cultural, pode ser um fio condutor de um movimento cultural de integração e de arranjos criativos. A dinâmica de desenvolvimento é apresentada com enfoque na nova mentalidade criada com as metodologias de gestão da iniciativa, de modo a corresponder às características da produção da arte contemporânea. Os resultados das iniciativas realizadas com os vários setores produtivos são descritos, bem como seus impactos de inovação. Para finalizar, é feita uma reflexão sobre a importância da criação de novos parâmetros e métodos de gestão a partir de uma atitude que potencialize a força transformadora da cultura.
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Referências
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CRIBARI, Isabela/ FONSECA REIS, Ana Carla (org.) Economia da Cultura Recife: Fundação Joaquim Nabuco Editora Massangana 2009. P.231-242
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