Redes de Arte e Cultura nas universidades públicas em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v10i19.42633Palavras-chave:
redes virtuais, universidades públicas, arte e cultura, covid-19Resumo
Se por um lado as universidades públicas tem atuado em diferentes frentes no combate ao novo coronavirus, por outro, elas seguem sendo alvos de uma política de desmonte da educação. Nos últimos anos os avanços tecnológicos também abriram espaço para a circulação de notícias falsas ou ideias impregnadas por um sentimento anti intelectualista e anticientificista. Esses discursos têm corrompido a parte mais conservadora da sociedade a desvalorizar os serviços e as instituições públicas em geral, principalmente na educação, na cultura e na saúde e com isso legitimado medidas de austeridade nesses campos. Entretanto, mesmo neste cenário de pandemia que assolou o Brasil, temos na universidade pública, junto ao sistema Único de Saúde (SUS), umas das instituições fundamentais para enfrentamento da crise sanitária. São várias as frentes em que as universidades públicas atuam em todo o país para combater o covid-19, contribuem com estudos epidemiológicos, práticas de saúde coletiva, acolhimentos psicológicos, desenvolvimento de equipamentos através das engenharias e também com a circulação de iniciativas de arte e a cultura. Esta última recentemente reconhecida pela Organização mundial da Saúde (OMS) como área que deve ser incluída no sistema sanitário como política de saúde por proporcionar bem estar e melhorar as condições de enfrentamento a algumas doenças. Neste sentido que muitas universidades públicas estão utilizando de suas redes colaborativas e acúmulos de práticas e conhecimentos em arte e cultura para promover virtualmente o bem estar durante a pandemia. São estas ações específicas que atravessam o campo da cultura e da educação pública por meio da apropriação das novas tecnologias de comunicação em um contexto de crise sanitária que serão base de reflexão deste estudo.
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