CAMINHAR PERGUNTANDO: A EDUCAÇÃO AUTÔNOMA ZAPATISTA. WALK ASKING: THE AUTONOMOUS ZAPATISTA EDUCATION
DOI:
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i31.39282Palavras-chave:
, Educação autônoma. Movimento zapatista. Antropologia e educação. Cosmopolítica. Ch’ulel. Autonomous education. Zapatista movement. Anthropology and education. Cosmopolitics. Ch’ulel.Resumo
O movimento zapatista é conhecido mundialmente por construir um modo de existência anti-capitalista e autogestionário chamado autonomia zapatista. Neste artigo, pretendemos enfocar um de seus pilares fundamentais: a educação autônoma zapatista. Esta se constitui como uma proposta de descolonização radical, o que passa pela experimentação de diferentes tipos de educação a partir de um denso aparato conceitual dos indígenas do movimento. Em um mundo onde todos os seres que existem têm ch’ulel (alma), a educação verdadeira (chanel) é um aprendizado com a comunidade e o cosmos baseada na arte do caminhar perguntando.
The Zapatista movement is known worldwide for building an anti-capitalist mode of existence called Zapatista autonomy. In this article, we intend to focus on one of the fundamental pillars of this autonomy: autonomous education. This constitutes a proposal for radical decolonization, which involves the experimentation of different types of education from a dense conceptual apparatus of the indigenous movement. In a world where all beings that exist have ch'ulel (soul), chanel (true education) is a learning with the community and the cosmos based on the art of walking asking.
Downloads
Referências
ALBERT, Bruce. Situation ethnographique et mouvements ethniques: réflexions sur le terrainpost-malinowskien. In: Augé M. (pref.) Anthropologues en dangers: l'engagement sur leterrain. Paris : Jean-Michel Place, 1997, p. 75-88.
BARONNET, Bruno. Autonomía y educación indígena. Las escuelas zapatistas de la Selva Lacandona de Chiapas, México. Quito: Ediciones Abya-Yala. 2012.
COHN, Clarisse. 2004. “Os processos próprios de ensino e aprendizagem e a escola indígena”.
Cadernos de Educação Escolar Indígena –3º grau indígena. Barra do Bugres: UNEMAT, v. 3, n.1: 94-111
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify, 205 Ativando o que Manuela Carneiro da Cunha chamou de “cultura”, isto é, o que é dito acerca da cultura, servindo como arma e recurso para se afirmar diante do Estado ou da comunidade internacional ISSN 1807-6211 [Dezembro, 2018] Nº 31
2009
DELEUZE, Gilles. Espinosa: a filosofia prática. São Paulo: Editora Escuta, 2002.
ENLACE CIVIL. Centro de formación para promotores en educación. Semillita del Sol. México: 1997.
GOSSEN, Garen. "Chamula Genres of Verbal Behavior", In: LESSA, W. & VOGT, E. Reader in Comparative Religion, Nova York: Harper & Row, 1979.
GUTIERREZ, Raul. Escuela y zapatismo entre los tzotziles: entre la asimilación y la resistencia. Análisis de proyectos de educación básica oficiales y autónomos, Tesis, Maestría en Antropología Social, CIESAS Sureste, México. 2005.
______. Impactos del zapatismo en la escuela: análisis de la dinámica educativa indígena en Chiapas (1994- 2004) LiminaR. Estudios Sociales y Humanísticos, vol. IV, núm. 1, junio, 2006,
pp. 92-111 LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.
LUCIANO, Gersem José dos Santos. Educação para manejo e domesticação do mundo entre a escola ideal e a escola real : os dilemas da educação escolar indígena no Alto Rio Negro. 368
f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
MOREL, Ana Paula. Terra, autonomia e ch’ulel: aprendizados na educação autônoma zapatista. 248 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
PITARCH, Pedro. La cara oculta del pliegue. Antropología indígena, Artes de México / Conaculta, México. 2013
STENGERS, Isabelle. La proposition cosmopolitique. In: LOLIVE, J. SOUBEYRAN, O. L'emergence des cosmopolitiques. Paris: La Découverte. 2007.
______. Em tempos de catástrofes. São Paulo: Cosac & Naif. 2015.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation. Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America, Art.1. Vol 2. 2004.
______. "O recado da mata". Prefácio In: D. Kopenawa & B. Albert, A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami. Cia. das Letras, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Ana Paula Massadar Morel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob Attribution-ShareAlike 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).