A EDUCAÇÃO POPULAR E SUAS VIAS MAMBEMBES DE DECOLONIZAÇÃO POPULAR EDUCATION AND ITS MAMBEMBIAN DECOLONIZATION ROUTES
DOI :
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i31.39280Mots-clés :
Educação Popular. Decolonialidade. Mambembe. Popular Education. Decolonialidade. Mambembe.Résumé
Tratamos aqui brevemente das bases da Educação Popular, que, forjada na América Latina tem no contexto brasileiro uma grande fonte de resistência primando por uma educação outra, mambembe como aqui categorizamos. É na criatividade e na viração, como estratégias de enfrentamento, portanto, que povos tradicionais e originários, bem como movimentos sociais encontraram seus meios e métodos de continuar reexistindo e mantendo vivas suas tradições e lutas. Pretendemos a partir disso articular a EP com os estudos decoloniais, pois ambas as esferas epistemológicas se inclinam em prol de corpos, falas, manifestações estéticas e expressões culturais silenciadas e desumanizadas e, portanto, interditadas historicamente, mas que procuram se insurgir e denunciar pedagogias hegemônicas e dominantes.
We briefly discuss here the bases of Popular Education, which, forged in Latin America, has in the Brazilian context a great source of resistance, priming for another education, mambembe, as we categorize here. It is in creativity and viration as coping strategies, therefore, that traditional and original peoples as well as social movements have found their means and methods to continue reexisting and keeping alive their t raditions and struggles. We intend from this to articulate the EP with the decolonial studies, since both epistemological spheres incline towards bodies, speeches, aesthetic manifestations and cultural expressions silenced and dehumanized and, therefore, historically interdicted, but that seek to insurgent and denounce hegemonic pedagogies and dominant.
Téléchargements
Références
ANDRADE, Edinaldo Costa de. A Educação Popular versus a “educação do popular”: Diferentes horizontes da emancipação humana no contexto atual. 2009. Disponível em: http://www.uff.br/iacr/ArtigosPDF/55T.pdf.
ARROYO, Miguel; BUFFA,Ester; NOSELLA, Paolo. (orgs.).Educação e Cidadania; Quem educa o cidadão?São Paulo: Cortez, 2010. 14ª edição.
BEZERRA, Aída. As atividades em educação popular. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues. (org.). A questão política da educação popular.4 ed. São Paulo: brasiliense, 1984.
BORON, A.A. Prólogo. In: RETAMAR, R. F.Pensamiento de nuestra América: autorreflexiones y propuestas (pp. 9-14). Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales -CLACSO, 2006.
CALDART, Roseli Salete. Escola é mais do que escola...: pedagogia do movimento sem terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
DUSSEL, Enrique. Para una ética de la liberación latinoamericana–v. I-II. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, 1973.
__________. Europa, modernidad y eurocentrismo, em LANDER, Edgardo (coord.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2000.
ESCOBAR, Arthuro. Mundos y conocimientos deotro modo: el programa de investigación modernidad/colonialidad latinoamericano. Tabula Rasa, n. 1, p. 58-86, 2003.
FALS BORDA, Orlando. La ciencia y el pueblo: nuevas reflexiones en SALAZAR, María Cristina (editora) (1992) La investigación-acción participativa. Inicios y desarrollo. Consejo de Educación de Adultos de América Latina. Universidad Nacional de Colombia. Madrid: Editorial Popular, OEI, Quinto Centenario, 1980.
FANON, Frantz. Los Condenados de la Tierra.Buenos Aires: 1ª ed. Fondo de Cultura Económica, 1979.
FÁVERO, O. (Org.). Cultura popular, educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
FREIRE. P. Educação como prática da liberdade.Edições variadas, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
_________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.Edições variadas: São Paulo: Paz e Terra, 2002.
_________. Pedagogia do oprimido. Edições variadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GROSFOGUEL, Ramon. Dilemas dos estudos étnicos norte-americanos: multiculturalismo identitário, colonização disciplinar e epistemologias decoloniais. In: Ciência e cultura. São Paulo. v. 59, n. 2, pp. 32-35, 2007.
__________. Descolonizando los universalismos occidentales: el pluri-versalismo transmoderno decolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatista. Em CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coords.) El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, Editores, Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2008.
GROSFOGUEL, R.; BERNARDINO-COSTA, J.; Decolonialidade e perspectiva negra.Sociedade e Estado(UnB. Impresso), v. 31, p. 15-24, 2016.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto,em CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coords.) El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.
MEJÍA, M. R.; AWAD, M. I. Educación popular hoy. En tiempos de globalización. Bogotá: Aurora, 2003.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003, 2013 (Madrid).
_________. La idea de América Latina. La herida colonial y la opción decolonial. Barcelona: Gedisa, 2007.
__________ . El pensamiento decolonial: desprendimento y apertura. Un manifiesto,em CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coords.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.
__________. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade.In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber:eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. ColecciÛn Sur Sur, CLACSO, Ciudad AutÛnoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.
MONTERO, M. Hacer para transformar: el método en la psicología comunitaria. Buenos Aires: Paidós, 2006.
MORETTI, C. Z.; STRECK, D. R. Colonialidade e insurgência: contribuições para uma pedagogia latino-americana. REVISTA LUSÓFONA DE EDUCAÇÃO, v. 24, p. 33-48, 2013.
MOTA NETO, João Colares da. Educação Popular e Pensamento Decolonial Latino-Americano em Paulo Freire e Orlando Fals Borda.2015. 368f. Tese (Doutorado em. Educação) –Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educ. rev. [online]. 2010, vol. 26, n.1, pp. 15-40. ISSN 0102-4698. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-46982010000100002. Acesso em: 15 de abril de 2018.
PALUDO, Conceição. Educação Popular em busca de alternativas: Uma leitura desde o Campo Democrático Popular.Porto Alegre: Tomo Editorial; Camp, 2001.
__________. Educação popular como resistência e emancipação humana. Cadernos CEDES, v. 35, p. 219-238, 2015.
__________. Educação Popular.In: Streck, D. R.; Redin, E.; Zitkoski, J. J. (Org.) (2010). Dicionário Paulo Freire(2ª ed.). Belo Horizonte: Autêntica.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.In: LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber, eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Argentina, 2005.
RODRÍGUEZ, Simón. Obras completas -Tomos I e II.Presidencia de la República. Venezuela, 1999.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias del Sur. México: Siglo XXI, 2010.
_________. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social(trad. Mouza Benedito). São Paulo: Boitempo, 128p, 2007.
_________. Conocer desde el Sur: para una cultura política emancipatória. 2ªed. La Paz –Bolívia: CLACSO, CIDES -UMSA, Plural editores, 2007.
SANTOS, Ariovaldo. Mundialização, educação e emancipação humana.In: ORSO, P. J; GONÇALVES, S. R.; MATTOS; V. M. Educação e Lutas de Classe. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
STRECK, Danilo R. A Educação Popular e a reconstrução do Público: Há fogo sobre brasas? Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n32/a06v11n32.pdf, 2006. Acesso em 15 de abril de 2018.
________. Entre emancipação e regulação: (des)encontrosentre a educação popular e os movimentos sociais. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 44, p. 300-310, maio/ago. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-24782010000200007&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 15 de abril de 2018.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar?Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TORRES, C. A. A voz do biógrafo latino-americano: uma biografia intelectual.In: GADOTTI, M. (org.). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire; Brasília, DF: UNESCO, 1996.
TORRES NOVOA, Carlos Alberto. Leitura Crítica de Paulo Freire.São Paulo: Loyola, 1981.
WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad: perspectivas críticas y politicas.Joaçaba, SC: Visão Global, v. 15, n. 1-2, pp. 61-74, jan-dez 2012.
______. Interculturalidade, crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e reviver.In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Noelia Rodrigues Pereira Rego 2018
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob Attribution-ShareAlike 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).