No encalço do desenvolvimento: as reações da imprensa carioca ao pensamento social de Celso Furtado (1961-1962)

Autores

  • Lincoln de Araújo Santos UERJ - FEBF - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.15175/1984-2503-201810103

Palavras-chave:

Celso Furtado, pensamento social, intelectuais, desenvolvimentismo, planejamento

Resumo

A partir da leitura e da análise das fontes jornalísticas em seus editoriais, o presente artigo identifica as repercussões do pensamento social e das ações de Celso Furtado como intelectual e operador do Estado na imprensa carioca. O contexto da Guerra-Fria e a cultura anticomunista no país representaram o cenário dos anos iniciais da década de 1960, responsáveis pelas reações diante dos posicionamentos de Furtado em relação ao seu projeto de desenvolvimento para o Brasil. Discorre também sobre as matrizes do pensamento do economista percebendo a sua formação articulada com as suas reflexões sobre as sociedades brasileira e latino-americana. Os embates sobre este projeto tinham o Nordeste como região perigosa aos setores altos e médios da sociedade brasileira, temerários com o espectro do comunismo diante da agenda das reformas, principalmente a reforma agrária. A natureza política e ideológica das elites brasileiras e sua frontal oposição às teses desenvolvimentistas reverberaram nos discursos editoriais do Jornal do Brasil e da Tribuna da Imprensa de 1961-1962.

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Biografia do Autor

Lincoln de Araújo Santos, UERJ - FEBF - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

Professor Adjunto da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense - FEBF/UERJ. Chefe do Departamento de Gestão dos Sistemas Educacionais. Doutor em Políticas Públicas em Educação pelo Programa de Pós-Graduação e Formação Humana - PPFH/UERJ. Mestre em Educação Brasileira - UFF.

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Publicado

2018-02-05

Como Citar

Santos, L. de A. (2018). No encalço do desenvolvimento: as reações da imprensa carioca ao pensamento social de Celso Furtado (1961-1962). Passagens: Revista Internacional De História Política E Cultura Jurídica, 10(1), 43-69. https://doi.org/10.15175/1984-2503-201810103