A casa do silêncio: chineses e mexicanos no mercado ilegal de ópio e dos seus derivados, em Guadalajara, Estado de Jalisco, 1917-1950
DOI:
https://doi.org/10.15175/1984-2503-20179301Palavras-chave:
Racismo, tráfico de narcóticos, ópio, controle social, invisibilidade socialResumo
O consumo, a produção, a distribuição e a venda ilegal de ópio em Guadalajara, Estado de Jalisco, no período 1917-1950, teve importante participação de cidadãos chineses estabelecidos nesta cidade ou vindos de outros Estados, tais como Sinaloa. Todavia, nem tudo pode lhes ser imputado, tendo em vista que os próprios mexicanos, inicialmente mais voltados para a maconha, foram igualmente se incorporando não apenas ao consumo de ópio e dos seus derivados, como também na qualidade de produtores e traficantes. Por sua vez, a campanha anti chinesa realizada no México, que trouxe consigo o massacre dos orientais nas cidades de Torreón (1911) e Chihuahua (1916), assim como um feroz racismo contra eles em grande parte do nosso país, obrigaram muitos deles a continuarem o seu périplo migratório rumo a países como os Estados Unidos, ao passo que outros decidiram permanecer no México, ainda que invisíveis aos olhos das atividades públicas, dos censos populacionais ou até mesmo das atividades vinculadas ao tráfico de drogas. Foi a partir da década de 1940 que se observou, a partir de informações fornecidas pela imprensa tapatía (denominação dos originários de Guadalajara), o domínio do mercado de ópio e dos seus derivados por cidadãos mexicanos, em um momento em que a Segunda Guerra Mundial provocava aumentos dos preços, até que ao final eles começassem a se normalizar.
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