Práticas integrativas aplicadas na dor crônica

relato de experiência do primeiro ano do projeto de extensão “AcolheDOR”, em desenvolvimento em uma instituição de ensino federal

Resumen

Práticas extensionistas figuram como ferramentas plurais no âmbito educacional, especialmente quando associadas à promoção da saúde da população. O ambiente acadêmico é rico em saberes e práticas que, se associadas a uma formação em saúde preocupada em transformar seu microespaço, podem transpor seu papel formador e assumir protagonismo na regulação do bem-estar em sua comunidade. Este tra­balho relata a experiência de um ano de um projeto de extensão que objetiva pro­mover conhecimento e serviços em saúde ao público local portador de dor crônica, por meio de ações educativas e de intervenção em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). A dor crônica é um desafio para a saúde pública, pois acomete percentual relevante da população adulta e idosa, reduzindo capacidades funcionais, influenciando negativamente a percepção de saúde, além de impactar a saúde mental e ocupacional. A adesão de estudantes e professores de cursos téc­nicos e tecnológico em saúde ao projeto “AcolheDOR”, associada à participação de portadores de dor crônica nas ações promovidas neste primeiro ano de existência, revelam o potencial transformador de uma proposta que extrapola os conteúdos de sala de aula para uma ação profícua, emancipadora de autocuidado e que pode, também, restabelecer o bem-estar geral. Os resultados principais deste projeto de extensão no primeiro ano de execução foram o compartilhamento de saberes sobre dor crônica, primeiro entre estudantes do projeto por meio de pesquisa e grupo de estudos e depois para a comunidade local por meio de palestras educativas. Além disso, o desenvolvimento de um protocolo de anamnese foi resultado da etapa ini­cial, possibilitando o acompanhamento permanente dos participantes ao longo das etapas seguintes de aplicação de práticas integrativas. Compreende-se que a ação extensionista cumpre seu papel de transformar a realidade local ao promover ações de saúde, educação em saúde e autocuidado, sendo um necessário instrumento das instituições de educação, capaz de contemplar a interdisciplinaridade e a indisso­ciabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.