Coletivo Aqualtune
entre ritmos, tambores e memórias na cidade de Campos dos Goytacazes
Palabras clave:
Música, Ancestralidade, Extensão universitária, AquilombamentoResumen
O presente artigo versa sobre a história do coletivo Aqualtune, fundado na cidade fluminense de Campos dos Goytacazes. O projeto teve início em 2023 e busca, através da música, articulando ensino, pesquisa e extensão, fazer um resgate político da ancestralidade africana que, desde a diáspora forçada, tem sofrido apagamento no Brasil. Parte central desse resgate é o mapeamento de alguns atravessamentos culturais que são produzidos na experiência da diáspora e que ressoam nos modos de vida até hoje. O coletivo tem como base o exercício ético antirracista e contracolonial, buscando em ritmos de matriz africana, fusionados com influências indígenas e ritmos populares europeus, uma atuação política no território da cidade, constituindo-se como um espaço de acolhimento e produção cultural, confluindo sob a ótica do aquilombamento. O trabalho apresenta o coletivo através das experiências de seus membros, narrando tanto a potência de habitar e produzir juntos, quanto as durezas e dificuldades de compor um movimento anti-hegemônico de resistência político-cultural.
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