Aldir Blanc e Fernando Pessoa - um encontro em Orfeu
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v31i61.44170Palavras-chave:
Morte. Aldir Blanc. Fernando Pessoa. Orfeu. Eros e Psiquê.Resumo
Esta época da Covid 19 parece oportuna ao estudo da poesia de perspectiva órfica, aquela que
reconhece a perda das esperanças, mas que, paradoxalmente, estimula uma criatividade que torne aceitável a ideia insuportável da morte, essa desconhecida. Pretende-se por isso analisar aqui textos de dois autores exemplares nessa perspectiva: Aldir Blanc, poeta e compositor –lamentavelmente vitimado pela Covid 19, – e Fernando Pessoa, cuja melancolia transformou o eu poético em ‘puro terreno de experimentação do Eu” (AGAMBEN, 2008, p. 121-122) e que, em ‘Eros e Psiquê”, confirma sua perspectiva de que ‘Viver não é necessário, o que é necessário é criar”.
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