A ciência aberta que cala: Multilinguismo, soberania epistêmica e as línguas indígenas invisibilizadas na era digital
DOI:
https://doi.org/10.22409/wy6dsj49Palavras-chave:
línguas indígenas, soberania epistêmica , tecnologias de linguagem, ciência aberta,, multilinguismoResumo
A ciência aberta tem se consolidado como um paradigma global que busca democratizar o acesso ao conhecimento, ampliar a colaboração científica e promover transparência nos processos de produção científica. No entanto, essa abertura é marcada por limites linguísticos, epistêmicos e políticos que tornam visíveis as contradições entre o ideal universalizante da ciência aberta e a realidade das assimetrias linguísticas e culturais na produção e circulação do conhecimento. Este artigo propõe uma reflexão crítica sobre o papel das tecnologias de linguagem – como tradução, legendagem e arquivos digitais – na ciência aberta, questionando a hegemonia do inglês como língua franca da ciência e os mecanismos que invisibilizam línguas indígenas e saberes pluriepistêmicos. Partindo de uma perspectiva de soberania linguística e epistêmica, discutimos como a ciência aberta pode ser reconfigurada a partir de uma política multilingue e intercultural que reconheça e integre os diferentes modos de produção de conhecimento, em especial aqueles vinculados às populações indígenas e tradicionais, com vistas a responder aos desafios globais em saúde e meio ambiente.
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