A ciência aberta que cala: Multilinguismo, soberania epistêmica e as línguas indígenas invisibilizadas na era digital

Autores

  • Thaiane Moreira de Oliveira
  • Gilvan Müller

DOI:

https://doi.org/10.22409/wy6dsj49

Palavras-chave:

línguas indígenas, soberania epistêmica , tecnologias de linguagem, ciência aberta,, multilinguismo

Resumo

A ciência aberta tem se consolidado como um paradigma global que busca democratizar o acesso ao conhecimento, ampliar a colaboração científica e promover transparência nos processos de produção científica. No entanto, essa abertura é marcada por limites linguísticos, epistêmicos e políticos que tornam visíveis as contradições entre o ideal universalizante da ciência aberta e a realidade das assimetrias linguísticas e culturais na produção e circulação do conhecimento. Este artigo propõe uma reflexão crítica sobre o papel das tecnologias de linguagem – como tradução, legendagem e arquivos digitais – na ciência aberta, questionando a hegemonia do inglês como língua franca da ciência e os mecanismos que invisibilizam línguas indígenas e saberes pluriepistêmicos. Partindo de uma perspectiva de soberania linguística e epistêmica, discutimos como a ciência aberta pode ser reconfigurada a partir de uma política multilingue e intercultural que reconheça e integre os diferentes modos de produção de conhecimento, em especial aqueles vinculados às populações indígenas e tradicionais, com vistas a responder aos desafios globais em saúde e meio ambiente.

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Publicado

2025-10-14

Como Citar

A ciência aberta que cala: Multilinguismo, soberania epistêmica e as línguas indígenas invisibilizadas na era digital. Cadernos de Letras da UFF, Brasil, v. 36, n. 70, p. 14–42, 2025. DOI: 10.22409/wy6dsj49. Disponível em: https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/68248. Acesso em: 5 dez. 2025.