Do bárbaro ao selvagem: a animalização do outro
DOI:
https://doi.org/10.22409/eg6rgd90Palavras-chave:
Medeia, Eurípides, civilizados, bárbaros, animalizaçãoResumo
Este artigo propõe traçar um paralelo entre os termos bárbaro / selvagem e sujeitos autorizados / civilizados, a fim de se pensar na perpetuação desses corpos e o lugar que ocupam na literatura. A partir da leitura deste corpo na tragédia Medeia, de Eurípides e sua releitura na peça argentina A Fronteira, encenada em 1960 por David Cureses. Interessa-nos pensar em como o bárbaro pode ser representado para recuperar conflitos que permanecem em estado de tensão. Com isso, alguns questionamentos emergem: de que forma o bárbaro é inscrito em personagens selvagens? E que lugar é esse habitado por elas? O que faz nossas personagens serem submetidos a um lugar de monstruosidade? Acreditamos que a literatura torna possível a compreensão desses lugares marginalizados, bem como essas fronteiras são instaladas e, por vezes, nunca ultrapassadas. Com base nas peças, e de acordo com uma revisão bibliográfica sobre o tema, analisaremos a relação construída entre os termos bárbaros / selvagens e sujeitos autorizados / civilizados, refletindo acerca do diálogo e da atualização dos contextos e das personagens que, de maneiras distantes temporalmente, representam o Outro. Por meio dos textos citados, tecer-se-á considerações teóricas sobres estes desdobramentos.
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