Do bárbaro ao selvagem: a animalização do outro

Autores

  • Elizabeth Barranqueiros Loubach da Silva Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Maria Fernanda Gárbero UFRRJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg6rgd90

Palavras-chave:

Medeia, Eurípides, civilizados, bárbaros, animalização

Resumo

Este artigo propõe traçar um paralelo entre os termos bárbaro / selvagem e sujeitos autorizados / civilizados, a fim de se pensar na perpetuação desses corpos e o lugar que ocupam na literatura. A partir da leitura deste corpo na tragédia Medeia, de Eurípides e sua releitura na peça argentina A Fronteira, encenada em 1960 por David Cureses. Interessa-nos pensar em como o bárbaro pode ser representado para recuperar conflitos que permanecem em estado de tensão. Com isso, alguns questionamentos emergem: de que forma o bárbaro é inscrito em personagens selvagens? E que lugar é esse habitado por elas? O que faz nossas personagens serem submetidos a um lugar de monstruosidade? Acreditamos que a literatura torna possível a compreensão desses lugares marginalizados, bem como essas fronteiras são instaladas e, por vezes, nunca ultrapassadas. Com base nas peças, e de acordo com uma revisão bibliográfica sobre o tema, analisaremos a relação construída entre os termos bárbaros / selvagens e sujeitos autorizados / civilizados, refletindo acerca do diálogo e da atualização dos contextos e das personagens que, de maneiras distantes temporalmente, representam o Outro. Por meio dos textos citados, tecer-se-á considerações teóricas sobres estes desdobramentos. 

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Publicado

2025-10-14

Como Citar

Do bárbaro ao selvagem: a animalização do outro. Cadernos de Letras da UFF, Brasil, v. 36, n. 70, p. 212–230, 2025. DOI: 10.22409/eg6rgd90. Disponível em: https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/65455. Acesso em: 5 dez. 2025.