Ensino de línguas com refugiados: implicações éticas, políticas e conceituais em tempos de biopoder

Autores

  • Poliana Coeli Costa Arantes Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Bruno Deusdará Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Décio Rocha Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.2016n53a306

Palavras-chave:

Refugiado, política linguística para o ensino de língua portuguesa, produção de material didático.

Resumo

Neste artigo, discutem-se implicações éticas e políticas do trabalho de ensino de língua portuguesa dirigido a sujeitos refugiados no Rio de Janeiro, assumindo-se uma abordagem enunciativa da linguagem, que toma por base práticas discursivas assentadas em uma pers­pectiva dialógica. Nesse contexto, será destacada a di­mensão intercultural que preside à dinâmica de produ­ção de materiais didáticos. 

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Biografia do Autor

Poliana Coeli Costa Arantes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Linguística pelo Programa de Estudos Linguísticos da Facul­dade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, com período de Doutorado sanduíche (bolsa CAPES/DAAD) na Albert-Ludwigs-Univer­sität Freiburg (Alemanha), Mestre em Linguística (2010) pelo mesmo Pro­grama de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da UFMG e Licenciada pela UFMG Português/Alemão (2007). Atualmente é Professora de Língua e Literatura Alemã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e atua no Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado em Linguís­tica). Possui interesse de pesquisa nas seguintes áreas: análise do discurso, estudos enunciativos, mídia, linguagem e trabalho, ensino e aprendizagem de língua materna e língua estrangeira, sobretudo em DAF (alemão como Língua estrangeira)

Bruno Deusdará, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Letras e Licenciado em Letras: Português/Literatura pela mesma uni­versidade. Atualmente é Professor Adjunto de Linguística (Instituto de Letras/ UERJ). Atua no Programa de Pós-Graduação em Letras (área de concentração em Linguística) do ILE/UERJ e no Programa de Pós-Graduação em Letras e Lin­guística (PPLIN) da FFP/UERJ. Áreas e temáticas de interesse: análise do discur­so, estudos enunciativos, pesquisa-intervenção, interface linguagem e trabalho, produção de subjetividade, práticas intersemióticas e ensino de língua materna.

Décio Rocha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Linguística Aplicada pela PUC-SP, realizou estágio pós-doutoral na Universidade Federal Fluminense (UFF), no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem. Possui Mestrado em Letras pela PUC-Rio e D.E.A. em SciencesduLangage pela Université Paris III Sorbonne-Nouvelle. Possui Gra­duação em Português-Literaturas pela Universidade Gama Filho, Licenciatura e Bacharelado em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com uma Complementação Pedagógica em Língua Francesa pela Universidade Santa Úrsula. Atualmente é Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde trabalha com Linguística e Análise do Discurso. Tem experiência na área de Linguística Aplicada e Análise do Discurso, atuan­do principalmente nos seguintes temas: enunciação, prática discursiva, relação linguagem e trabalho, ensino de línguas, produção de subjetividade.

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Publicado

2017-01-15

Como Citar

ARANTES, P. C. C.; DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D. Ensino de línguas com refugiados: implicações éticas, políticas e conceituais em tempos de biopoder. Cadernos de Letras da UFF, v. 26, n. 53, 15 jan. 2017.