FAKE NEWS E SUAS ABORDAGENS NO BRASIL:
Balanço de uma agenda de pesquisa em formação
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu.v23i3.44497Palavras-chave:
fake news. desinformação. Ciências SociaisResumo
Levantamentos bibliográficos em artigos internacionais apontam que a maioria das pesquisas sobre fake news tem sido desenvolvida pelas áreas de medicina e comunicação, por meio principalmente de métodos quantitativos, com insuficiência em pesquisas das ciências sociais e humanas, refletindo sobre dimensões políticas, impactos eleitorais e sobre a democracia. Este estudo desenvolve revisão sistemática, adotando procedimentos explícitos e replicáveis, na busca de artigos depois analisados substantivamente para descrever temporalidade, área do conhecimento, objetivo da pesquisa, métodos utilizados e outras características de interesse. Foram mapeados artigos publicados em português ou por brasileiros, até agosto de 2020, em periódicos presentes na base internacional DOAJ (Directory of Open Access Journals), em que a expressão "fake news" constasse no título, no resumo e/ou nas palavras-chave. A busca resultou em 68 artigos, com concentração nas áreas de ciências sociais, comunicação, saúde e educação. Predominaram trabalhos com descrição de características de notícias falsas, formas de combatê-las e discussões conceituais sobre a desinformação e seus efeitos. Abordagens qualitativas foram mais frequentes que quantitativas. A pandemia de Covid-19 declarada em 2020 impulsionou os estudos sobre o tema mais do que as eleições presidenciais de 2018. O contraste com a produção internacional sugere espaço para mais estudos futuros que sejam comparativos, quantitativos, com maior rigor metodológico nas análises qualitativas e com foco na prevalência das fake news.
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