SOBERANIA DIGITAL E A (RE)APROPRIAÇÃO DA TECNOLOGIA PELA CLASSE TRABALHADORA ORGANIZADA:
um olhar sobre o projeto ‘Contrate quem Luta’, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
DOI:
https://doi.org/10.22409/conflu.v27i1.64795Resumo
O texto aborda a interação entre desenvolvimento tecnológico, economia e interesses sociopolíticos, inseridos no contexto do atual modelo de capitalismo de vigilância. Propõe-se uma reflexão crítica sobre as dinâmicas resultantes da atuação das grandes empresas de tecnologia, considerando o impacto global das inovações originadas no Vale do Silício. A busca pela soberania digital torna-se crucial diante da crescente dependência de tecnologias controladas por grandes empresas transnacionais. Nesse cenário, surgem propostas alternativas, como o 'Cooperativismo de Plataforma', buscando mitigar o poder das Big Techs e promover uma economia inclusiva. O projeto 'Contrate Quem Luta' do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é apresentado como uma proposta que visa automatizar demandas cotidianas e empoderar os trabalhadores por meio do desenvolvimento e uso de ferramentas tecnológicas. O presente trabalho adota o procedimento monográfico, a partir do estudo de caso do projeto ‘Contrate quem Luta’ do Núcleo de Tecnologia Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, para investigar se tal iniciativa representa uma forma efetiva de soberania digital da classe trabalhadora organizada. A abordagem aplicada foi a dedutiva, partindo-se da análise geral dos conceitos de soberania digital para a particular observação do projeto ‘Contrate quem Luta’. Concluiu-se que o projeto representa uma forma de soberania digital ao promover autonomia sobre dados, criar alternativas ao modelo das Big Techs e permitir participação ativa na construção de um caminho tecnológico democrático e voltado ao bem comum.
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